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segunda-feira, 27 de março de 2017

Para CNBB, Reforma da Previdência “escolhe o caminho da exclusão social”

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A Presidência da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgou, nesta quinta-feira, dia 23 de março, uma nota sobre a Reforma da Previdência. No texto, aprovado pelo Conselho Permanente da entidade, os bispos elencam alguns pontos da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, considerando que a mesma “escolhe o caminho da exclusão social” e convocam os cristãos e pessoas de boa vontade “a se mobilizarem para buscar o melhor para o povo brasileiro, principalmente os mais fragilizados”.

Em entrevista coletiva à imprensa, também foram apresentadas outras duas notas. Uma sobre o foro privilegiado e outra em defesa da isenção das instituições filantrópicas. Na ocasião, a Presidência da CNBB falou das atividades e temas de discussão durante a reunião do Conselho Permanente, que teve início na terça-feira, dia 21 e terminou no fim da manhã desta quinta, 23.

Apreensão

Na nota sobre a PEC 287, a CNBB manifesta apreensão com relação ao projeto do Poder Executivo em tramitação no Congresso Nacional. “A previdência não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os direitos Sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio”, salientam os bispos.

O Governo Federal argumenta que há um déficit previdenciário, justificativa questionada por entidades, parlamentares e até contestadas levando em consideração informações divulgadas por outros governamentais. Neste sentido, os bispos afirmam não ser possível “encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias”.

A entidade valorizou iniciativas que visam conhecer a real situação do sistema previdenciário brasileiro com envolvimento da sociedade.

Leia na íntegra: 

NOTA DA CNBB SOBRE A PEC 287/16 – “REFORMA DA PREVIDÊNCIA”

“Ai dos que fazem do direito uma amargura e a justiça jogam no chão”
 (Amós 5,7)

O Conselho Permanente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil-CNBB, reunido em Brasília-DF, dos dias 21 a 23 de março de 2017, em comunhão e solidariedade pastoral com o povo brasileiro, manifesta apreensão com relação à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016, de iniciativa do Poder Executivo, que tramita no Congresso Nacional.

O Art. 6º. da Constituição Federal de 1988 estabeleceu que a Previdência seja um Direito Social dos brasileiros e brasileiras. Não é uma concessão governamental ou um privilégio. Os Direitos Sociais no Brasil foram conquistados com intensa participação democrática; qualquer ameaça a eles merece imediato repúdio.

Abrangendo atualmente mais de 2/3 da população economicamente ativa, diante de um aumento da sua faixa etária e da diminuição do ingresso no mercado de trabalho, pode-se dizer que o sistema da Previdência precisa ser avaliado e, se necessário, posteriormente adequado à Seguridade Social.

Os números do Governo Federal que apresentam um déficit previdenciário são diversos dos números apresentados por outras instituições, inclusive ligadas ao próprio governo. Não é possível encaminhar solução de assunto tão complexo com informações inseguras, desencontradas e contraditórias. É preciso conhecer a real situação da Previdência Social no Brasil. Iniciativas que visem ao conhecimento dessa realidade devem ser valorizadas e adotadas, particularmente pelo Congresso Nacional, com o total envolvimento da sociedade.

O sistema da Previdência Social possui uma intrínseca matriz ética. Ele é criado para a proteção social de pessoas que, por vários motivos, ficam expostas à vulnerabilidade social (idade, enfermidades, acidentes, maternidade…), particularmente as mais pobres. Nenhuma solução para equilibrar um possível déficit pode prescindir de valores éticos-sociais e solidários. Na justificativa da PEC 287/2016 não existe nenhuma referência a esses valores, reduzindo a Previdência a uma questão econômica.

Buscando diminuir gastos previdenciários, a PEC 287/2016 “soluciona o problema”, excluindo da proteção social os que têm direito a benefícios. Ao propor uma idade única de 65 anos para homens e mulheres, do campo ou da cidade; ao acabar com a aposentadoria especial para trabalhadores rurais; ao comprometer a assistência aos segurados especiais (indígenas, quilombolas, pescadores…); ao reduzir o valor da pensão para viúvas ou viúvos; ao desvincular o salário mínimo como referência para o pagamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC), a PEC 287/2016 escolhe o caminho da exclusão social.

A opção inclusiva que preserva direitos não é considerada na PEC. Faz-se necessário auditar a dívida pública, taxar rendimentos das instituições financeiras, rever a desoneração de exportação de commodities, identificar e cobrar os devedores da Previdência. Essas opções ajudariam a tornar realidade o Fundo de Reserva do Regime da Previdência Social – Emenda Constitucional 20/1998, que poderia provisionar recursos exclusivos para a Previdência.

O debate sobre a Previdência não pode ficar restrito a uma disputa ideológico-partidária, sujeito a influências de grupos dos mais diversos interesses. Quando isso acontece, quem perde sempre é a verdade. O diálogo sincero e fundamentado entre governo e sociedade deve ser buscado até à exaustão.

Às senhoras e aos senhores parlamentares, fazemos nossas as palavras do Papa Francisco: “A vossa difícil tarefa é contribuir a fim de que não faltem as subvenções indispensáveis para a subsistência dos trabalhadores desempregados e das suas famílias. Não falte entre as vossas prioridades uma atenção privilegiada para com o trabalho feminino, assim como a assistência à maternidade que sempre deve tutelar a vida que nasce e quem a serve quotidianamente. Tutelai as mulheres, o trabalho das mulheres! Nunca falte a garantia para a velhice, a enfermidade, os acidentes relacionados com o trabalho. Não falte o direito à aposentadoria, e sublinho: o direito — a aposentadoria é um direito! — porque disto é que se trata.

”Convocamos os cristãos e pessoas de boa vontade, particularmente nossas comunidades, a se mobilizarem ao redor da atual Reforma da Previdência, a fim de buscar o melhor para o nosso povo, principalmente os mais fragilizados.

Na celebração do Ano Mariano Nacional, confiamos o povo brasileiro à intercessão de Nossa Senhora Aparecida. Deus nos abençoe!

Brasília, 23 de março de 2017.

Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo S. R. Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner, OFM
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
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sexta-feira, 24 de março de 2017

Oficina: Como construir um encontro de base?

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“O som do teu amor me faz canção,
 Dança suave luz em mim, em nós”.

Olá Linda Juventude Pjoteira? Saudações a todos.

A Pastoral da Juventude vive em um processo de troca de experiências entre os jovens, desde os membros do grupo de base até os assessores. Isso mesmo, trocar ideias e adquirir novos conhecimentos são fundamentais para nossos grupos de bases, o processo formativo é contínuo e favorável. No intuito de fortalecer nossos conhecimentos vamos presenciar no dia 25 de Março de 2017(Sábado), uma oficina que vem com o tema: Como construir um encontro de base?, é um tema onde muitos de nós temos algumas dúvidas e anseios, portanto você não pode ficar de fora desse momento importante para nós. Quem irá nos receber será os Pjoteiros do grupo de base JORECC (Comunidade Nossa Senhora de Fátima/Novo Brasil), com início as 09h00min.

Desde já agradecemos a presença de todos.

OBS: Levem algo que represente seu grupo de base e a origem do mesmo, para juntos trazermos presente nossa história. Lanche Partilhado.

Coordenação Paroquial
 Paroquia Cristo Rei
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Papa Francisco: onde se encontra a verdadeira felicidade?

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Papa responde ao fazer um comentário especial e marcante sobre as bem-aventuranças

Imagem: Jovens Conectados
Em um recente discurso, o Papa Francisco explicou aos jovens onde está a verdadeira felicidade.

“A felicidade verdadeira, a felicidade que enche o coração não está nos trapos que vestimos, nos sapatos que calçamos, na etiqueta de determinada marca”, disse aos jovens no dia 12 de julho, em sua passagem por Assunção (Paraguai).

Segundo Francisco, é Jesus quem nos diz que a felicidade não está na riqueza, no poder, no orgulho. Antes pelo contrário, mostra-nos que o caminho é outro. Jesus é o “Treinador diz aos seus jogadores”:

“Bem-aventurados, felizes os pobres em espírito, os que choram, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, os misericordiosos, os puros de coração, os que trabalham pela paz, os perseguidos por causa da justiça. E conclui dizendo: Alegrai-vos com tudo isto.”

“Por que motivo? Porque Jesus não mente para nós. Mostra-nos um caminho que é vida, que é verdade. Ele mesmo é a grande prova disso. É o seu estilo, a sua maneira de viver a existência, a amizade, a relação com o seu Pai. E a isto nos convida: a sentirmo-nos filhos, filhos amados”, disse o Papa.

“Jesus não te vende fumaça (…) Ele sabe que a verdadeira felicidade encontra-se em sermos sensíveis, em aprender a chorar com os que choram, em aproximar-se de quem está triste, em deixar chorar sobre o próprio ombro, dar um abraço. Quem não sabe chorar, não sabe rir e, consequentemente, não sabe viver.”“Jesus sabe que, neste mundo de tanta concorrência, inveja e agressividade, a verdadeira felicidade passa por aprender a ser pacientes, a respeitar os outros, a não condenar nem julgar ninguém. Quem se irrita já perdeu: diz o ditado. Não abandoneis o vosso coração à ira, ao rancor. Felizes os que têm misericórdia. Felizes os que sabem colocar-se no lugar de outro, os que têm a capacidade de abraçar, de perdoar. Todos experimentamos isto alguma vez.”

“Todos, em determinados momentos, nos sentimos perdoados: como é bom! É como reaver a vida, ter uma nova oportunidade. Não há nada mais belo do que ter nova oportunidade. É como se a vida voltasse a começar. Por isso, felizes aqueles que são portadores de nova vida, de novas oportunidades. Felizes quantos trabalham para isso, aqueles que lutam para isso. Erros, todos cometemos; as equivocações, não têm conta. Por isso, felizes aqueles que são capazes de ajudar os outros a sair dos seus erros, das suas equivocações. São verdadeiros amigos e não deixam ninguém caído por terra. Estes são os puros de coração, aqueles que, conseguindo ver mais além da simples nódoa, superam as dificuldades. Felizes aqueles que se fixam especialmente na parte boa dos outros”, completou Francisco.

(Integra do discurso do Papa aqui)

 Fonte: Aleteia
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quarta-feira, 22 de março de 2017

4ª Etapa da Escola de Formação da Área Carajás

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“A formação deve ser integral, isto é, considerar as diversas dimensões da pessoa humana e os processos grupais.” Documento 85 – CNBB (Evangelização da Juventude).

Seguindo essa exigência da Igreja do Brasil, a Pastoral da Juventude da Área Carajás mantém há 4 anos a sua Escola de Formação (EFPJ). Neste fim de semana (24 a 26 de março) será realizada a 4ª etapa da Escola de Formação da Pastoral da Juventude, iniciada em 2016.

A Escola de Formação, como o próprio nome já diz é um espaço de formação, aprofundamento, partilha, convivência, oração, reflexão, troca de saberes e tem como objetivo proporcionar às lideranças, uma formação integral através da observação, análise, convivência e reflexão, sensibilizando para o desenvolvimento da consciência crítica e trabalhos coletivos, qualificando-os para ter uma ação multiplicadora nas realidades onde atuam. Além disso, proporciona uma reflexão sobre os temas ligados ao universo da juventude, possibilitando uma capacitação espiritual e despertando o compromisso com a construção do Reino de Deus para todos.

Este momento de formação será realizado na Escola Municipal João Nelson dos Prazeres na cidade de Canãa dos Carajás, paroquia São Pedro e São Paulo. Nesta etapa participarão os jovens que realizaram as 03 etapas anteriores, coordenações paroquiais, convidados, padres e religiosos (as).

NOTA:
A 4ª Etapa da Escola de Formação, que iria ocorrer entre os dias 24 a 26 de março, foi cancelada. Em reunião da coordenação da Área Carajás, ficou que a mesma irá ocorrer a nível paroquial, em datas definida pelas próprias paróquias.
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segunda-feira, 20 de março de 2017

Pastoral da Juventude realiza Missão Jovem

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A comunidade São Miguel Arcanjo da Paróquia Cristo Rei, localizada no bairro Nova Carajás na cidade de Parauapebas acolheu neste último domingo (19/03), vários jovens missionários de diferentes grupos de jovens da cidade para a III Missão Jovem, realizada pelo Grupo JUCE (Juventude Católica Evangelizadora). Este ano a atividade teve como tema “Jovens em missão, PJ em ação” colocando em ação o pedido do Papa Francisco aos jovens “Por isso, eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens. Sede os apóstolos dos jovens, e conhecerás a nova civilização do amor” e como lema para as missão foi uma passagem do livro do Profeta Isaias: “Quem hei de enviar? Eis-me aqui, envia-me”. (Isa 6, 1-8).

O grupo de missionários foi formado por jovens da Pastoral da Juventude (PJ) da própria paróquia, além da participação dos grupos das paróquias São Sebastião e São Francisco. A Missão Jovem é, portanto, uma atividade de continuidade do trabalho de evangelização iniciado pelo grupo desde sua formação.

Antes da missão, os jovens encontraram-se na escola Milton Alves Martins e participaram de um momento de oração e instruções para a missão. Para alguns, era a primeira vez que vivenciariam uma experiência como essa. Distribuídos por grupos, os (as) jovens realizaram visitas às famílias durante a manhã e a tarde. A participação dos jovens missionários surpreendeu a todos. Para Mikaellen Muniz coordenadora paroquial da PJ a cada ano vem aumentando o número de jovens que se dispõe a anunciar a palavra de Deus.

A jovem Suellem, que pela primeira vez participou de uma missão na cidade, “a experiência foi maravilhosa e eu poderia resumir em uma visita que fiz a um casal, que foi incrível. Conversamos durante muito tempo, o marido fazia tempo que não ia à missa. Gostei também da missa, bem animada, da homilia do padre Hudson, e pelo jeito ele apoia a PJ. Colocou até alguns visitantes pra falar, e um deles foi o casal que visitamos, foi muito bom ver esse aquele casal presente e nos mostra o quanto é bom sair do conforto de casa e fazer o bem na vida das pessoas, foi essa a sensação que eu tive”.

Animados pelo ardor missionário, os (as) jovens participaram do encerramento da missão com a celebração da Santa Missa na comunidade São Miguel Ancarjo, presidida pelo pároco da paróquia Padre Hudson Rodrigues, que teve a participação das famílias visitadas. Na oportunidade o padre parabenizou a juventude pela iniciativa de levar à palavra de Deus as pessoas.
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sexta-feira, 17 de março de 2017

Protestos contra a reforma da Previdência: o que você não viu na TV

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Foto: Paulo Pinto/AGPT. Fonte: CartaCapital.
Principais telejornais cerceiam voz dos manifestantes que ocuparam as ruas e focam cobertura nos problemas gerados pelas paralisações de trabalhadores.
A reportagem é de Eduardo Amorim, Oona Castro, Mabel Dias e Bia Barbosa do Coletivo Intervozes e publicada por CartaCapital, 16-03-2017.
Depois deste ano, o 15 março também será marcado como uma data histórica de protestos da esquerda. Lembrado como o dia em que, em 2015, as ruas do país foram tomadas de verde e amarelo pedindo o impeachment de Dilma Rousseff, nesta quinta-feira o mesmo 15 de março virou uma grande onda vermelha contra o governo Temer e suas reformas que retiram direitos.
Mais de 125 cidades, incluindo 25 capitais, registraram grandes manifestações e paralisações de trabalhadores. Os atos foram maiores do que os últimos convocados pelos movimentos sociais contra o golpe, o que indica uma possível retomada das mobilizações populares.
Quem se informou sobre os acontecimentos do dia somente pela televisão aberta, entretanto, ficou sabendo pouco ou quase nada sobre os protestos. Infelizmente, esta é a realidade da maior parte da população brasileira.
De acordo com a Pesquisa Brasileira de Mídia 2016, da Secretaria de Comunicação da Presidência da República, a TV é o principal meio de informação para 63% do País. Se considerarmos o principal ou o segundo meio de informação, o índice sobe para 89% da população, comprovando a força desproporcional deste veículo em relação aos demais tanto para a informação quanto para a formação da opinião pública nacional.
E por isso vale analisar o que foi mostrado – e, principalmente, o que não foi – pelos principais telejornais do País na noite desta quarta-feira. Se por um lado o tamanho e multiplicidade de atos – e a própria crise do governo Temer dentro dos grupos políticos que o alçaram ao poder – impediram que as emissoras silenciassem sobre o que tinha ocorrido durante o dia, por outro, as imagens dos gigantescos atos em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Recife ganharam visibilidade de fato nas redes sociais.
Nos telejornais noturnos, o tom das matérias foi muito mais o impacto das paralisações – sobretudo dos trabalhadores das redes de transporte – do que os atos em si. Flashes rápidos dos protestos, nenhum número sobre o total de participantes e, principalmente, nenhuma entrevista com os organizadores das manifestações foram a maneira escolhida pela mídia de censurar o motivo que levou milhares de brasileiros e brasileiras às ruas.
Jornal Nacional: o encadeamento perfeito
Jornal da Record: o problema foi o trânsito
Jornal da Band: trabalhador contra trabalhador
Repórter Brasil: censura?
A manchete principal do telejornal foi a lista de possíveis futuros alvos de inquérito pela Operação Lava Jato. Somente 20 minutos depois do início do programa veio a matéria sobre as manifestações. Em 2 minutos e 40 segundos, a Globo conseguiu relatar atos em mais de dez cidades, mas sem ouvir nenhum porta-voz dos movimentos e dando destaque aos transtornos no trânsito, às escolas e agências bancárias fechadas, ou ao que chamou de “depredação” de prédios públicos.
A sequência do informe-relâmpago sobre os atos foi uma declaração de Michel Temer justificando a necessidade das reformas – reforçando a tese anteriormente já enunciada, em outra matéria, pelo presidente do Banco Central. “Nós apresentamos (…) um caminho para salvar a Previdência do colapso, para salvar os benefícios dos aposentados de hoje e dos jovens que se aposentarão amanhã. Isso, meus amigos (…) será que é para tirar direitos de pessoas? Em primeiro lugar, não vai tirar direito de ninguém, quem tem direito já adquirido, ainda que esteja no trabalho, não vai perder nada do que tem”, afirmou Temer, numa resposta indireta ao que as ruas criticaram.
Mas o encadeamento perfeito da edição global veio mesmo após a fala do presidente. A reportagem seguinte, efusivamente celebrada pelos apresentadores, foi a de que a Agência Moody's mudou a expectativa em relação à economia brasileira de negativa para estável. Segundo a Globo, a empresa americana melhorou sua análise sobre o País em função das reformas propostas “por um governo preocupado com as contas públicas”. Bingo!
Assim, apesar de não abrir qualquer espaço para a explicação dos motivos das manifestações, duas vezes elas foram rechaçadas por representantes do governo e, depois, deslegitimadas pelo mercado financeiro.
Uma versão editada das imagens, com dois minutos de duração, foi exibida horas depois no Jornal da Globo, antecedidas pelo seguinte comentário do apresentador William Waack: “Coube aos governos recentes do PT, que hoje protesta contra a reforma da Previdência, levar o Brasil mais rápido ao encontro com uma dura realidade. O descalabro promovido nas contas públicas, a gastança do que não se tinha e nem se podia gastar, tornou mais grave um problema que o nosso país vem arrastando há anos e que explodiu agora. Goste-se ou não do que está na proposta de reforma da Previdência, há um fato do qual não escapamos: ou o Brasil encara o que fazer com essas contas que não fecham mais, incluindo as da Previdência, ou as finanças públicas quebram”. Diversidade de opiniões? A gente não vê por aqui.
Apesar de ter as manifestações do dia como matéria principal, o Jornal da Record repetiu a tônica da principal concorrente. Novamente, nem em uma só palavra sobre as reformas. O grande motivo para noticiar os protestos, para a emissora de Edir Macedo, foi mostrar os transtornos e “recordes de congestionamento” provocados pelos atos e paralisações dos trabalhadores.
Em São Paulo, onde aconteceu o maior protesto, com mais de 200 mil pessoas, as imagens veiculadas foram de terminais de ônibus, filas, coletivos lotados, estações de metrô vazias e a tão repetida frase “foi preciso muito sacrifício para conseguir embarcar".
Os entrevistados foram os usuários do transporte público, que diziam por quanto tempo tinham aguardado um ônibus, ou quanto tempo tinham levado para chegar ao trabalho. A Record mencionou até que para muitos a solução foram os aplicativos, que estavam mais caros, e a suspensão do rodízio de veículos.
Ao citar atos em outras capitais, prevaleceram aspectos “negativos” das manifestações. Em Belo Horizonte mostraram os postos de saúde fechados. No Rio de Janeiro, a imagem foi da repressão policial, tratada como “confronto” e justificada pelo fato de “vândalos” terem “provocado um quebra-quebra”.
Sobre as reformas, a matéria exibida foi da reunião de Michel Temer com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira. O trecho da coletiva do Temer sobre o assunto também foi transmitido.
Jornal da Band iniciou com imagens aéreas ao vivo da Avenida Paulista. Duas reportagens sobre as mobilizações foram veiculadas. Na primeira, o repórter afirmou que a paralisação do transporte havia prejudicado os trabalhadores que se dirigiram ao trabalho logo cedo. Entrevistaram pessoas e mostraram metrôs e ônibus sem circular.
Um senhor entrevistado declarou que “os sindicatos têm muito poder e isso tem que acabar”. Nenhum sindicato foi ouvido. Na segunda reportagem, a Band mostrou a adesão à paralisação de professores das redes estadual e municipal de São Paulo, afirmando que a mobilização prejudicava os estudantes. A velha tática foi repetida: colocar trabalhadores contra trabalhadores e não informar a população sobre os motivos das paralisações.
Na TV Brasil, a confirmação de que as mudanças feitas por Temer na EBC transformaram os canais geridos pela Empresa Brasil de Comunicação de fato em veículos governamentais.
O telejornal da noite desta quarta-feira mostrou um link ao vivo da manifestação na Paulista, mas como o coro de "Fora Temer" ao fundo foi tão alto, o site do canal, que disponibiliza online as matérias do Repórter Brasil, não mostra nesta quinta nenhum arquivo sobre os protestos de quarta.
Uma vez mais, portanto, os principais canais de TV do Brasil perderam a oportunidade de informar a população sobre os embates e disputas em torno das reformas em curso do Brasil, incluindo o recém divulgado posicionamento do Ministério Público Federal que afirma que vários pontos da Reforma proposta por Temer são inconstitucionais.
A opção foi seguir veiculando a cantilena do Planalto de que as mudanças na Previdência são necessárias para o equilíbrio das contas públicas, sem mostrar aos telespectadores as diferentes visões e alternativas que existem em qualquer reforma desta complexidade.
Para a metade da população que tem acesso à internet e que pode ao menos buscar outras fontes de informação, o tema dos protestos e as razões de por que tantos trabalhadores são contra esta reforma foram o centro do debate virtual neste 15 de março.
No Twitter, a hastag #GreveGeral foi a expressão mais comentada ao longo da manhã. Somente na página da Mídia Ninja, que realizou uma ampla cobertura dos protestos, as postagens alcançaram cerca de 24 milhões de pessoas.
Mais de 4 milhões de internautas comentaram e compartilharam os posts. Os sites de notícias, mesmo os vinculados aos grandes grupos de comunicação, também reportaram melhor os atos.
Mas a massa da população, que só tem a televisão para se informar – e que, não coincidentemente, será a que mais sofrerá os impactos desta reforma da Previdência – teve uma vez mais seu direito de acesso à informação violado. Até quando?

Fonte: Instituto Humanitas Unisinos
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Jovens da Pastoral da Juventude se preparam para Missão Jovem

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Com o tema “Jovens em missão, PJ em ação” e lema “Eis-me aqui, envia-me! (Is 6:8)”, jovens da Pastoral da Juventude de Parauapebas se preparam para a III Missão Jovem, organizado pelo grupo de Jovens JUCE (Juventude Católica Evangelizadora) da Comunidade São Miguel Arcanjo da Paróquia Cristo Rei.

Segundo a organização da missão, mais de 80 jovens já confirmaram presença, os mesmos irão visitar as famílias do bairro Novas Carajás, levando a palavra de Deus. Com a aproximação da III Missão Jovem, a coordenadora do grupo, Mylenna Muniz que está pela primeira vez na organização, se mostra muito feliz, pois a missão já é conhecida por toda a paróquia Cristo Rei, e este ano o número de jovens missionários será muito maior que ano passado.

A missão acontecerá no dia 19 de março, e o ponto de encontro dos missionários será na escola Milton Alves Martins, localizada no bairro Nova Carajás, a partir das 07:00hs. No local também será repassado instruções de como acontecerá a missão.

A programação seguirá até as 18:00hs com a celebração da Santa Missa na  comunidade São Miguel Arcanjo, localizada na Av. Serra Sul, 6ª etapa no bairro Nova Carajás, que será presidia pelo pároco da paróquia Cristo Rei, Hudson Rodrigues.


Jussara Alves - Colaboradora do Jornal O Pjoteiro
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terça-feira, 14 de março de 2017

Pastorais da Juventude lançam subsídio de estudos para a Semana da Cidadania

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As Pastorais da Juventude da CNBB (PJ, PJE, PJMP e PJR) lançaram hoje (14) o material de estudos e preparação para a Semana da Cidadania 2017 (SdC).

Nesta edição, a SdC, que ocorre entre os dias 15 a 22 de abril, traz como tema “Democracia para quem e para quê?”, e, como lema, a norma do artigo 1°, parágrafo único, da Constituição Federal: “Todo poder emana do povo”. A iluminação bíblica que guia as reflexões vem da Carta de Tiago: “O fruto da justiça semeia se na paz para aqueles que praticam a paz” (Tg 3, 18).


O subsídio é dividido em quatro partes: uma roda de conversa, um roteiro de encontro, um guia de ações práticas para a Semana da Cidadania, e um roteiro celebrativo do Ofício Divino da Juventude.

A diferença desta edição é a dinâmica de interação com as redes sociais. As Pastorais provocam os grupos de base a tirarem fotos dos encontros e das celebrações, e divulgarem nas redes sociais com a hashtag #SdC2017

Justamente em razão dessa versão mais moderna, cada parte do material tem associado a si uma hashtag diferente: #BoraConversar, para as rodas de conversa; #PartiuEncontro, para o roteiro de encontro; #SaiDoSofá, para a prática das ações concretas; e #VemCelebrar, para a celebração do ODJ.


A arte que ilustra o material é de autoria da jovem Joyce Souza, e a diagramação é do jovem Thiago Lemos.

BORA REFLETIR SOBRE DEMOCRACIA, GALERA?

PARA FAZER O DOWNLOAD DO MATERIAL, ACESSE: https://goo.gl/8UMNTJ

Fonte: Atividades Permanentes - Pastorais da Juventude
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sexta-feira, 10 de março de 2017

Convite Missão Jovem

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Paz e Bem, queridos companheiros!

É com o coração cheio de alegria, que o grupo de jovens JUCE (Juventude Católica Evangelizadora) da Comunidade São Miguel Arcanjo da Paróquia Cristo Rei, vem convidar todos os Pjoteiros de Parauapebas para a tão esperada III Missão Jovem do JUCE, que este ano tem como tema: “Jovens em missão, PJ em ação” e lema “Eis-me aqui, envia-me! (Is 6:8)”. É companheiros o dia se aproxima e levar a palavra de Deus a todas as criaturas é essencial para nossa vida Cristã. Será no dia 19 de Março de 2017, a partir das 07h30min da manhã, o ponto de encontro será na escola do Bairro Nova Carajás, E.E.F. Milton Alves Martins.

Esperamos a presença de todos, muito nos alegrará lhes receber.

PROGRAMAÇÃO
07h30min Chegada
08h00min Mística de Abertura
08h40min Café da Manhã
09h00min Envio para missão
11h00min Retorno para a escola
12h00min Almoço
14h00min Retorno pra Missão
17h00min Ida para a Igreja (preparação para a missa)
18h00min Missa

Observações: O lanche da tarde será partilhado, por tanto cada base está convidada a trazer sua contribuição (Pão, Suco, Bolo, Biscoitos, Frutas etc...).

O que trazer? Biblía, ODJ, Terço, Protetor Solar, Guarda Chuva, Garrafinha de Água, Kit militante.
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quinta-feira, 9 de março de 2017

Meu primeiro Congresso Jovem

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Nos dias 25 de fevereiro a 01 de março aconteceu na cidade de Jacundá o 17º Congresso Jovem da Pastoral da Juventude da Diocese de Marabá, onde havia mais de 300 jovens de 16 municípios da nossa diocese. O congresso tinha como tema "Juventude e a influência da mídia na sociedade" e do lema "Que mundo é esse, que a mídia mente que mata a gente e nos consome?". Esse foi o meu primeiro congresso e superou todas as minhas expectativas, os momentos que eu mais gostei foram: as rodas de conversas que tinham vários assuntos como politicas sociais e mídia, eu participei da mesma e achei muito produtiva. Outro momento que me marcou foi a missão que realizamos no terceiro dia, conheci a realidade de muitas famílias daquela cidade onde a violência predomina e o jovem é o grande alvo assim como nas demais cidades.

Queria aqui agradecer a Pastoral da Juventude da cidade de Jacundá que nos acolheu durante esses cinco dias, a comunidade São José do bairro Industrial, onde realizei a missão e também ao grupo JUVIC que nos acompanhou na mesma. 

Filipe Bila
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Pastorais da Juventude lançam cartaz da Semana da Cidadania 2017

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Democracia: uma das palavras de ordem nos dias atuais. “Democracia” também é o eixo principal da Semana da Cidadania 2017, desenvolvida pelas Pastorais da Juventude (PJ, PJE, PJMP e PJR) em todo o Brasil.

Hoje, com muita alegria, divulgamos o cartaz da#SdC2017. O desenho foi elaborado pela jovem Joyce Souza, liderança da PJ da Diocese de Lorena, Regional Sul 1 (São Paulo); e o jovem Thiago Lemos, liderança da PJ da diocese de Coari, regional Norte 1 (Amazonas e Roraima), elaborou a arte.

Joyce assim descreve a intencionalidade do desenho: “A luta do povo faz florescer e ascender a chama da esperança. Os líderes políticos fazem a bandeira do nosso país sangrar com tamanho descaso com a vida do povo. Mas somente o povo, unido em sua diversidade, fará nossa democracia florescer. Em tempos de desesperança é necessário estar com o povo pois somente nele está a força e a garra de florescer mesmo em terras tão secas como a que temos hoje. Com o povo e pelo povo. A democracia é ditada por ele... O Nazareno nos dará a força necessária de esperançar novos dias e uma nova Democracia”.

A Semana da Cidadania 2017 acontece entre os dias 15 a 22 de abril nas paróquias e dioceses de todo o Brasil. 

Dentro dos próximos dias, será lançado o material base para a SdC, contendo dois roteiros de encontro para grupos de jovens, sugestões de atividades para serem desenvolvidas durante a semana, e um roteiro de Ofício Divino da Juventude.
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sábado, 4 de março de 2017

Pastoral da Juventude da Diocese de Marabá realiza seu 17º Congresso Jovem

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A Pastoral da Juventude da Diocese de Marabá realizou entre os dias 25 de fevereiro a 01 de março a sua 17ª edição do Congresso Jovem. O evento ocorreu na cidade de Jacundá na paróquia São João Batista, é a segunda vez que o município recebeu o evento diocesano, a primeira vez foi no ano de 2009. O congresso Jovem contou com a participação de 300 jovens de todas as áreas pastorais da diocese.

O Congresso Jovem acontece a cada ano sempre no período de carnaval, com o objetivo de possibilitar um encontro dos jovens da diocese, celebrar a vida, e o aprofundamento da fé cristã, visando um processo de formação integral, ajudando a realizar de forma mais clara e comprometida à opção pela pessoa e o projeto de Jesus Cristo em vista da construção da Civilização do Amor, além de refletir sobre a caminhada pastoral e sobre um tema especifico.

Durante os cinco dias, os congressistas integrantes da Pastoral da Juventude (PJ) refletiram sobre o papel da mídia na sociedade brasileira com o tema "Juventude e a influência da mídia na sociedade" e o lema "Que mundo é esse, que a mídia mente que mata a gente e nos consome?".

A abertura do congresso aconteceu no dia 25, com a celebração da Santa Missa presidida pelo Bispo Diocesano Dom Vital na comunidade Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e logo após aconteceu a apresentação das delegações.

No dia 26, pela manhã foi realizado o pinel de abertura, com o tema a influência da mídia na sociedade brasileira: Desafios e perspectivas para uma saída democrática e popular, a tarde foi realizado as rodas de conversa e a noite vigília em preparação para a missão jovem. 

Dia 27, o dia começou com a oração da manhã e o envio para a missão jovem, onde os integrantes da Pastoral da Juventude realizaram visitas as famílias dos bairros da cidade, logo após a missão, aconteceram celebrações e missas nas comunidades dos bairros que receberam as visitas dos missionários e a noite encerrou-se com as tendas culturais.

Dia 28, após oração da manhã, os jovens participaram das oficinas temáticas, quer proporcionaram aos jovens ações para construir outros modelos de comunicação, mais democráticos e populares, a noite iniciou-se com a Romaria dos Mártires da Caminhada, que percorreu as ruas do centro da cidade e encerrou-se com uma animada noite dançante.

No dia 1 de março, o último dia do congresso, iniciou-se com uma bela oração pela manhã, também foi realizado uma plenária, para partilha das sobre o evento. O congresso encerrou-se com a celebração da Santa Missa na comunidade Santa Rita de Cássia.

Foram 5 dias de muita partilha, formação, oração e encontro, que marcou a juventude presente, principalmente para a nova coordenação diocesana, que assumiu o serviço missionário, a partir da mística de repasse que aconteceu durante a programação do CJ. A jovem Daiane Queiroz, aclamada a nova secretária diocesana na última ADPJ (Assembleia Diocesana da Pastoral da Juventude), realizada  no ano passado e que a partir do congresso assume oficialmente as funções da secretaria, juntamente com toda a equipe que compõe a coordenação:

Beatriz Miranda (coordenadora da área  Carajás); Israel (coordenador da área Araguaia); Victor Marinho (coordenador  da área  Marabá); Área Jacundá  ainda não definiu seu coordenador. Assessores: Gedeon  (área  Carajás); Osmival (área Araguaia) Thesco (área Maraba) área Jacundá  ainda não definiu seu assessor. Assessor  religioso:  Padre  Luizão.


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quarta-feira, 1 de março de 2017

Quaresma, tempo de esperança por natureza

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Dando continuidade ao ciclo de catequeses sobre a Esperança, o Papa Francisco refletiu nesta Quarta-feira de Cinzas (01/03) sobre a “Quaresma, caminho de esperança”.

Às cerca de 10 mil pessoas presentes na Praça São Pedro, o Pontífice se dirigiu lembrando que a Quaresma é um tempo de preparação para a Páscoa. Nestes quarenta dias, o Senhor nos chama a sair de nossas trevas e a encaminharmo-nos rumo a Ele, que é a Luz. Quaresma é período de penitência finalizado a nos renovarmos em Cristo, a renascermos ‘do alto’, do amor de Deus. E é por isso – explicou – que a Quaresma é, por natureza, tempo de esperança.




Neste sentido, é preciso olhar para a experiência do Êxodo do povo de Israel, que Deus libertou da escravidão do Egito por meio de Moisés, e guiou durante quarenta anos no deserto até entrar na Terra da liberdade.

Foi um período longo e conturbado, cheio de obstáculos, disse Francisco:

“Simbolicamente dura 40 anos, ou seja, o tempo de vida de uma geração. Muitas vezes, o povo, diante das provações do caminho, sente a tentação de voltar ao Egito. Mas o Senhor permanece fiel e guiado por Moisés, chega à Terra prometida: venceu a esperança. É precisamente um ‘êxodo’, uma saída da escravidão para a liberdade. Cada passo, cada fadiga, cada provação, cada queda e cada reinício... tudo tem sentido no âmbito do designío de salvação de Deus, que quer para seu povo a vida e não a morte; a alegria e não a dor”. 

“A Páscoa de Jesus é também um êxodo. Ele nos abriu o caminho e para fazê-lo, teve que se humilhar, despojar-se de sua glória, fazendo-se obediente até a morte na Cruz, libertando-nos, assim, da escravidão do pecado. Mas isto não quer dizer que Ele fez tudo e nós não precisamos fazer nada; que Ele passou através da cruz e nós vamos ‘ao paraíso de carroça’... não”.

Jesus nos indica o caminho da nossa peregrinação pelo deserto da vida, um caminho exigente, mas cheio de esperança. Reafirmando o sentido da Quaresma como “sinal sacramental de nossa conversão”, o Papa concluiu:

“O êxodo quaresmal é o caminho no qual a própria esperança se forma. É um caminho dificultoso, como é justo que seja, mas um caminho pleno de esperança. Como o percorrido por Maria, que em meio ás trevas da Paixão e Morte de seu Filho, continuou a crer em sua ressurreição, na vitória do amor de Deus”. 

O encontro com os fiéis se concluiu com a oração do Pai Nosso e a bênção apostólica.

Francisco divulgou a sua mensagem para a Quaresma no início de fevereiro.  
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A Campanha da Fraternidade pode transformar o mundo

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A Campanha da Fraternidade (CF) 2017, organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), apresenta reflexões com impacto direto na vida das pessoas, no meio ambiente e na relação de cada indivíduo com o mundo criado por Deus. Com o lema: “Cultivar e guardar a criação” (Gn 2,15) e o tema: “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida”, o grande objetivo da CF, deste ano, é promover relações fraternas com a vida e a cultura dos povos, à luz do Evangelho, sob a ótica dos biomas brasileiros.
Mas, como se conquista um objetivo tão ousado? Além da perspectiva do Fundo Nacional da Solidariedade, que existe exclusivamente para financiar projetos inspirados nas necessidades que permeiam a proposta da campanha, existe uma série de iniciativas que as comunidades podem desenvolver.
Por que é importante aprofundar-se no tema?
Um dos objetivos específicos contidos no Texto-Base da CF 2017 aponta para a necessidade de conhecermos sobre cada bioma, suas belezas e significados, sua importância para a vida e para o planeta. Esse exercício ajuda as pessoas a se comprometer com ações concretas. E, obviamente, que este compromisso não se resume ao cuidado e respeito à Natureza, mas também às pessoas que estão inseridas no contexto de cada bioma brasileiro.
Você sabe o que é um bioma?
Os biomas são formados por todos os seres vivos de uma determinada região, cuja vegetação tem bastante similaridade e continuidade, um clima mais ou menos uniforme e uma história comum em sua formação. Por isso, toda sua diversidade biológica também é muito parecida.
A Amazônia constitui o maior bioma do Brasil, representando 49,29% do território brasileiro. Mais de 4.200 espécies animais foram contabilizadas, mas sabe-se que uma grande parte delas ainda não foram catalogadas.
Em seguida, vem o Cerrado, com 23,92%, a Mata Atlântica, com 13,04%, a Caatinga, com 9,92%, o bioma Pampa representando 2,07% do território nacional, e o Pantanal, com 1,76%.
São muitos os conflitos e sofrimentos que marcam esses biomas: desde disputas políticas, econômicas e sociais à falta de acesso, a não preservação dos ecossistemas, a ausência de saneamento básico. Cada vez mais, há a necessidade da presença atuante da Igreja e de seus missionários, além de um maior comprometimento das autoridades.
Juntos, podemos fazer mais pela criação
A Campanha da Fraternidade também é uma iniciativa de cunho ecumênico, ou seja, embora sendo promovida pela Igreja Católica, também conta com a participação e empenho de outras Igrejas cristãs. A preocupação em envolver outras comunidades também faz parte dos objetivos específicos da CF 2017. Compreende-se, cada vez mais, que o compromisso de assumir a criação divina como um dom que precisa ser acolhido e cuidado, é uma missão de todos nós.
Conversão ecológica
O Papa Francisco, na Encíclica Laudato Si’ – na qual aborda questões ecológicas e a necessidade do cuidado com o mundo, nossa “casa comum” – convida a cada pessoa a assumir uma postura de “conversão ecológica”. Dentre muitas coisas, trata-se de acolher o cuidado com os dons de Deus, das coisas mais simples às mais complexas. Junto com a experiência quaresmal, a conversão ecológica certamente é o fio condutor da Campanha da Fraternidade 2017.
“Esta nossa ‘casa’ está sendo arruinada e isso prejudica a todos, especialmente os mais pobres. Portanto, o meu apelo é à responsabilidade, com base na tarefa que Deus deu ao ser humano na criação: ‘cultivar e preservar’ o ‘jardim’ em que ele o colocou. Convido todos a acolher com ânimo aberto este Documento, que está em sintonia com a Doutrina Social da Igreja” – Papa Francisco, Audiência Geral, 17 de junho de 2015.
Fonte: CNBB
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