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terça-feira, 30 de maio de 2017

SIMPLESMENTE INESQUECIVEL!


Na PJ
Na PJ entrei, fui chamar! E fui chamado
No grupo eu ingressei, critiquei, ajudei , e fui ajudado
No grupo eu fiquei, cativei, e fui cativado;
Na PJ eu viajei, esperei o busão, cheguei atrasado, 
Na formação entrei, da oficina participei e pra casa voltei indignado;
Na PJ, eu me espreguicei, desanimei e fiquei cansado;
Na PJ, sorrir, chorei e fui, animado;
Na comunidade eu falei, questionei, e fui questionado;
No conselho entrei, briguei, e fui exaltado;
Na PJ caminhei, coordenei e fui acompanhado;
Na PJ me indignei e contra a violência e o extermínio de jovens eu lutei;
Com a desigualdade me desanimei, vi mortes e chorei;
Na PJ me levantei, a cara pintei, gritei, protestei;
Na PJ eu estudei, na formação eu falei, e no vestibular eu passei; 
Na PJ peguei, namorei, e fui paquerado;
Na PJ  ajoelhei, rezei, e fui abençoado;
Na PJ encontrei um amor, amei e fui amado;
Na via sacra, eu entrei, encenei o teatro e fui fotografado; 
Na PJ, cantei, toquei violão e o nego nagô dancei;
Pra missão me preparei, visitei e fui visitado;
Na PJ descobrir e jeito de ser e fazer, 
Na PJ quero ficar, pra missão continuar e este mundo mudar;
segunda-feira, 29 de maio de 2017

Coroação de Nossa Senhora reúne centenas de fiéis

Na noite de ontem, 28, a igreja de São Sebastião ficou preenchida de fiéis que foram prestigiar mais um ano da Coroação de Nossa Senhora, que acontece sempre no final do mês de maio. 

O momento inicial de toda apresentação foi relembrado à anunciação do Anjo Gabriel a Maria, que seria a mãe do Salvador. A emoção estava estampada no rosto de todos os presentes.

Com muita disposição, jovens e crianças se prepararam durante três meses para apresentar à comunidade católica, as histórias de Nossa Senhora. Representando Nossa Senhora do Carmo, que trás consigo grande significado, Emanuela Oliveira se sente lisonjeada em poder fazer parte. “É muito gratificante poder estar aqui, representando Nossa Senhora pelo quarto ano. Fazer parte de momentos como esses é o verdadeiro chamado que sinto no meu coração”, comentou Emanuela. 

Entorno de 30 pessoas estiveram fazendo parte da apresentação, diversas crianças iluminaram o altar de Nossa Senhora vestidas de anjo, o momento mais esperado por todos foi a coroação, onde que a pequena Isabela Soares entrou na igreja cantando e encantando a todos, com sua simplicidade, e em suas mãos levava a coroa de Nossa Senhora. 

De acordo com o pai de Isabela, Cleiton Soares, foi um dos momentos mais feliz de sua vida. “Nunca presenciei uma coroação, e pela primeira vez me emocionei bastante, ainda mais sendo minha filha. Ela sempre participa da igreja, e nos motiva a vir também”, disse Cleiton emocionado. 

Pela primeira vez concedendo entrevista a um veículo de comunicação, Leila Cavalcante, que faz parte da organização, relatou para nossa equipe de reportagem como tudo aconteceu. “Iniciamos há três meses os preparos para a coroação, e cada participante se dedicou o máximo para poder homenagear a Nossa Senhora. A cada ano que se passa a coroação dela vem ganhando uma proporção ainda maior entre a comunidade”, disse Leila. 

Texto: Jussara Alves
sexta-feira, 26 de maio de 2017

Nota de solidariedade e de lamento


Confira na íntegra a nota lançada pelo bispo de Marabá Dom Vital Corbellini, em razão da morte de de 10 trabalhadores rurais, na fazenda Santa Lúcia, ocorrida na quarta-feira, 24 de maio,  no Município de Pau D`Arco (PA).

Marabá, 25 de maio de 2017

Nota de solidariedade e de lamento

Viemos através desta como igreja diocesana de Marabá, como pessoas que acreditam em Jesus Cristo, através também da sua CPT manifestar a mais estrita solidariedade às famílias enlutadas pela morte de 10 trabalhadores rurais sendo 9 homens e uma mulher e sendo sete da mesma família, na fazenda Santa Lúcia no Município de Pau D`Arco, Sudeste do Estado do Pará, ocorridas no dia 24 de maio. Ao mesmo tempo que lamentamos profundamente que ações dessa natureza continuem a ocorrer no Estado do Pará pela violência e pelas armas, compreendamos não ser possível, construirmos a paz no campo. É preciso dar uma maior atenção por parte dos órgãos competentes para muitas famílias acampadas e assentadas em nossa região. Os conflitos agrários são freqüentes em nossa região. A Diocese de Marabá espera uma rigorosa apuração dos fatos a fim de que sejam identificados e responsabilizados os autores desta tragédia que ceifou a vida dessas 10 pessoas.

Dom Vital Corbellini
Bispo de Marabá - PA.
quinta-feira, 25 de maio de 2017

ARRAIÁ DO BASTIÃO 2017

Acontece de 01 a 04 de junho o tradicional Arraiá do Bastião, promovido pela Paróquia São Sebastião. O festejo será realizado de quinta a domingo, sempre após a Santa Missa, que tem início às 19h, todos os dias.

O Arraiá do Bastião oferece à comunidade uma grande variedade de comidas típicas: churrasquinho, cachorro-quente, batata frita, canjica, caldo, pastel, tapioca e massas. E ainda, diversas atrações próprias da quadra junina: pescaria, correio elegante e a apresentação de quadrilhas. Tudo para que o “Arraiá do Bastião” seja o melhor divertimento para a família.

SERVIÇO

O “Arraiá do Bastião” acontece de 01º (quinta) a 04 (domingo) de junho, no estacionamento da Igreja de São Sebastião, em frente à praça Mahatma Ghandi, bairro Cidade Nova. Todos os dias a festividade começa após a Santa Missa, que inicia às 19h.

quarta-feira, 24 de maio de 2017

Não há condições éticas de Temer seguir no cargo, diz secretário-geral da CNBB

Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, concedeu entrevista ao repórter João Fellet, corresponde da BBC Brasil, na tarde desta terça-feira, na sede nacional em Brasília. O repórter fez perguntas bastante amplas sobre a atual crise e o resultado da conversa está no site da BBC Brasil. Outros portais na internet já replicaram a conversa extraindo pontos diferentes daqueles da publicação original.
Leia a íntegra da matéria da BBC Brasil.
Não há condições éticas de Temer seguir no cargo, diz secretário-geral da CNBB
Secretário-geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Leonardo Ulrich Steiner avalia não ver condições éticas para a permanência do presidente Michel Temer no cargo após a revelação de detalhes de seu encontro com o empresário Joesley Batista, do grupo JBS, em março.
Mas ele também acredita que o país não superaria o atual “momento de tensão” com uma eventual candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido à “resistência de uma parcela da sociedade à pessoa dele, dadas as contínuas notícias de que estaria implicado na Lava Jato”.
Para Steiner, Temer deveria ter denunciado Batista quando, no encontro que os dois tiveram no Palácio do Jaburu, o empresário lhe disse que havia corrompido autoridades para ser favorecido em investigações sobre sua empresa.
No dia 18, o Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou a conversa, gravada por Joesley como parte de seu acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República. O presidente diz que o áudio foi editado e não tem validade jurídica.
“Se alguém vem e diz que está subornando juiz e o Ministério Público, não é possível que quem está à frente do Estado não se mexa”, afirma Steiner, enfatizando se tratar de opinião pessoal sua, e não uma posição oficial da CNBB.
Mas Steiner diz que a nota emitida pela presidência da CNBB no dia 19 de maio, um dia após a divulgação da conversa de Joesley com Temer, com o título “Pela Ética na Política” (dizendo estar acompanhando “com espanto e indignação as graves denúncias de corrupção política acolhidas pelo STF”), foi uma resposta da entidade “para dizer que, para alguém que exerce um cargo público, a idoneidade é tudo”.
Principal organização ligada à Igreja Católica no Brasil, a CNBB foi fundada em 1952 e desenvolveu uma forte atuação política. O grupo se tornou uma das principais vozes contrárias à ditadura militar (1964-1985), embora tivesse apoiado o golpe no início. Paralelamente, aproximou-se de movimentos de esquerda e teve influência na fundação do PT.
A CNBB tem mantido postura crítica ao governo Temer e se pronunciado contra algumas das principais propostas do presidente, como o projeto de reforma da Previdência.
Em entrevista à BBC Brasil na sede do órgão, na terça-feira, Steiner diz preferir a realização de eleições diretas numa eventual saída de Temer. Porém, se houver eleição indireta, afirma que a escolha deve ser debatida com a sociedade e não pode ser imposta pelo Congresso ou por grupos “ligados ao mercado”, sob o risco de haver uma convulsão social.
Bispo auxiliar de Brasília, Steiner é secretário-geral da CNBB desde 2011, posto que assumiu após atuar na prelazia de São Félix, em Mato Grosso. Catarinense de Forquilha e franciscano da Ordem dos Frades Menores, foi ordenado padre pelo ex-arcebispo de São Paulo dom Paulo Evaristo Arns (1921-2016), seu primo.
Confira os principais trechos da entrevista.
BBC Brasil – Como o senhor recebeu a notícia sobre a delação da JBS envolvendo o presidente Michel Temer?
Leonardo Ulrich Steiner – Quase atônito. Nós pensávamos que o pior já tivesse passado. Claro que, de alguém que está há tanto tempo na política e num partido que também vinha sendo acusado na Lava Jato, se podia esperar alguma coisa, mas não nesse montante. Por isso a presidência [da CNBB] tomou a iniciativa de emitir uma nota para dizer que, para alguém que exerce um cargo público, a idoneidade é tudo.
Não estávamos nos referindo apenas ao presidente da República, mas também ao deputado [Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR)] e ao senador [Aécio Neves (PSDB-MG)] envolvidos, e também a outros que agora começam a aparecer com mais nitidez. Talvez seja a continuidade de uma crise que estamos vendo já há um bom tempo no Brasil, que não é uma crise econômica-política, mas uma crise ética.
A coisa pública é tratada como vantagem pessoal, ou como vantagem do partido, de determinados grupos. O que espanta é que falem de bilhões como se fossem mil reais.
BBC Brasil – Qual o melhor desfecho para o impasse em relação à permanência do presidente no cargo?
Steiner – A CNBB está discutindo essa questão internamente. Não temos ainda uma posição. Estamos nos encontrando com muitas pessoas e vendo qual seria a melhor saída. Várias pessoas têm sugerido eleições diretas para presidente e vice. A questão é: é necessário mexer na Constituição? Como a questão não foi regulamentada ainda, vê-se alguma possibilidade de haver eleições diretas para presidente e vice sem mexer na Constituição.
‘Se alguém vem e diz que está subornando juiz e o Ministério Público, não é possível que quem está à frente do Estado não se mexa’, afirma Steiner
A outra saída em que se fala mais é do próprio Congresso eleger um novo presidente e um novo vice, no caso de renúncia ou de cassação do atual presidente. Mas penso que é sempre importante passar pelo voto, é sempre importante ouvir a sociedade.
BBC Brasil – O senhor não vislumbra a permanência de Temer no cargo?
Steiner – Por aquilo que ele mesmo tem falado nas entrevistas, não vejo condições éticas de ele continuar. Não se trata apenas do áudio, trata-se de uma questão ética. Se alguém vem e diz que está subornando juiz e o Ministério Público, não é possível que quem está à frente do Estado não se mexa, não denuncie. Isso é gravíssimo.
BBC Brasil – Temer diz que não acreditava que o empresário Joesley Batista estivesse falando a verdade, que as afirmações eram uma “fanfarronice” dele.
Steiner – Pode ser que sejam, mas mesmo assim ele tem de ser investigado. Não se pode ficar quieto. A ética está acima de qualquer outra coisa para o exercício do próprio mandato. Estou falando isso como uma opinião pessoal – a CNBB não discutiu internamente essas questões. Mas o próprio presidente, ao se defender, está dizendo que a situação ficou extremamente frágil para continuar a exercer o seu mandato.
BBC Brasil – É desejável que Temer renuncie?
Steiner – Não tenho como dizer, porque isso é algo que depende da pessoa.
BBC Brasil – Há clima para o avanço das reformas que o governo vinha defendendo?
Steiner – Penso que não. Como podem pessoas que estão tão envolvidas na Lava Jato decidir os destinos da população brasileira? Depois, há a necessidade de maior diálogo com a sociedade em relação, por exemplo, à [reforma da] legislação trabalhista. Sobre a terceirização, não houve diálogo. Sobre a reforma da Previdência, até agora não se mostraram os dados reais. Fala-se em deficit, mas como funciona a Previdência brasileira? É preciso debater muito mais.
‘Como podem pessoas que estão tão envolvidas na Lava Jato decidir os destinos da população brasileira?’, disse Steiner sobre a votação das reformas no Congresso em meio à crise política
Em todas essas questões, sempre se fala num ponto: que é preciso sinalizar ao mercado, que é preciso colocar a economia em ordem. Não se fala em pessoas, não se fala em Brasil. Isso é grave. É uma mentalidade de mercado.
É preciso que o Congresso, diante de uma crise dessas, comece a rever as próprias ações e atitudes para o bem do povo brasileiro, e não para o bem de um determinado grupo. Veja o que está sendo feito em relação à [diminuição das áreas protegidas na] Amazônia. Não é uma questão apenas sobre a preservação da natureza, mas uma questão ética em relação à casa comum, para usar uma expressão do Santo Padre.
BBC Brasil – Uma das principais saídas discutidas seria uma eleição indireta em que o ex-presidente FHC, o ministro Henrique Meirelles ou ex-ministro Nelson Jobim assumiriam a Presidência até próxima eleição. Como enxerga essas hipóteses?
Steiner – Não citaria nomes, mas, se houver uma eleição indireta, é preciso um debate para chegar num consenso de um nome que não esteja ligado a falcatruas, que não esteja ligado a essa questão toda da Lava Jato, que tenha dignidade do cargo e também consiga dialogar e levar o país adiante.
Um partido não vai poder impor um nome, o Congresso Nacional não vai poder impor um nome à sociedade, um pequeno grupo que esteja interessado no mercado não pode impor ao Brasil um presidente. Senão corremos o risco de ter uma convulsão social.
BBC Brasil – Na oposição ao governo, há uma aglutinação em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a expectativa de que ele volte à Presidência numa eventual eleição direta. Como o senhor vê essa movimentação?
Steiner – Quanto ao Lula ser candidato, ele tem esse direito, assim como tem o Fernando Henrique (Cardoso), o (Geraldo) Alckmin, o (Jair) Bolsonaro e outros que estão se propondo a ser candidatos. A dificuldade pessoal que eu vejo é a resistência de uma parcela da sociedade à pessoa dele, dadas as contínuas notícias de que estaria implicado na Lava Jato. E nós não superaríamos esse momento de tanta tensão no Brasil.
Existe uma tensão muito grande, e essa tensão talvez poderia até crescer [se Lula for eleito]. Precisaria haver gestos muito significativos dele para ajudar numa reconciliação da sociedade brasileira.
BBC Brasil – Do ponto de vista ético, Lula teria condições de assumir esse papel?
Steiner – Ele precisaria primeiro mostrar para a Justiça a inocência.
BBC Brasil – Como o senhor avalia a Operação Lava Jato?
Steiner – Ela tem sido muito importante para o Brasil. Ela tem mostrado onde estamos, esse envolvimento das empresas na política, esse beneficiamento mútuo, um Congresso eleito pelo poder das empresas. Creio que a sociedade brasileira está tomando consciência de que isso não pode continuar assim.
‘Lava Jato tem sido importante para o Brasil, mas tem algumas incoerências’, disse o bispo. Mas também a Lava Jato veio demonstrar algumas incoerências. Por que esse alarde no momento de prender pessoas? Quando vão prender, os jornalistas já estão lá. O Ministério Público não precisa disso pra exercer seu trabalho. E a Lava Jato não tomou cuidado em relação às nossas empresas. As nossas empresas envolvidas estão numa situação muito difícil, ao passo que as pessoas envolvidas estão livres e soltas. Então existem algumas dificuldades que precisariam ser discutidas para que a Lava Jato realmente ajudasse, como alguns querem, numa expressão que não é muito feliz, a passar o Brasil a limpo.
BBC Brasil – Como o senhor vê o crescimento de figuras que tentam se projetar como alheias à política tradicional, como o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ)?
Steiner – Com uma dificuldade muito grande. Você certamente acompanhou as eleições nos EUA e deve estar acompanhando o momento crítico que vive o país. Normalmente os salvadores da pátria não dão certo. Diante do descrédito da política e dos políticos, existe essa tentação de buscar alguém de fora da política para salvar a pátria. Não é o melhor caminho.
Há cada vez mais a necessidade de esclarecer às pessoas a importância da política, mas também a importância de termos no meio político pessoas que tenham condições de governar o país. Normalmente os salvadores da pátria têm um espiritozinho um pouco ditatorial.
BBC Brasil – Tem se falado no prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e até no apresentador Luciano Huck como figuras que poderiam tentar voos mais altos na política, promover alguma renovação. Que acha dos dois?
Steiner – Não os conheço. Não sei se seriam a solução. Deseja-se que a velha política desapareça, isso é verdade, a gente sente. Mas creio que encontraremos políticos, que possam exercer seu mandato com dignidade e integridade.
BBC Brasil – Recentemente o Conselho Indigenista Missionário (Cimi), órgão ligado à CNBB, foi alvo da CPI da Funai, que investigou processos de demarcações de terras indígenas. Deputados ruralistas acusaram o Cimi de estimular “demarcações fraudulentas”. Como o senhor encarou o processo?
Steiner – A instalação dessa CPI tinha apenas o interesse de encostar na parede diversas entidades que assumiram a causa indígena. Não havia nenhum interesse nessa CPI de realmente defender os povos indígenas. Por que, ao apresentar o relatório, eles não incriminaram nenhum grande fazendeiro?
O Cimi tem feito um trabalho extraordinário. Vivi numa região do Mato Grosso onde tínhamos vários povos indígenas e um trabalho muito importante na área educacional, de saúde, no resgate das tradições, dos rituais. Quando um povo se sente inteiro na sua identidade, ele começa a exigir mais. Ele também cria autoconsciência de que precisa de espaço para viver. A terra para eles não é uma propriedade, a terra é uma casa. E isso incomoda muita gente.
Acho que no futuro [os deputados da CPI] vão se envergonhar do que fizeram, porque não se faz com irmãos o que eles estão fazendo com os índios. E eles não estão por dentro da questão indígena, estão somente interessados na questão das terras. É preciso dizer isso.
Fonte: CNBB
quinta-feira, 11 de maio de 2017

Pastoral da Juventude realiza Missão Jovem no bairro Liberdade II

“Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio. Recebei o Espírito Santo!” (Jo 20,21). A missão da Igreja continua a missão de Cristo com todo o poder que o Pai Lhe deu. Jesus enviou os discípulos que levaram o Evangelho a todos os cantos da terra. A missão continua.

O Papa insiste nessa saída missionária: “Fiel ao modelo do Mestre, é vital que hoje a Igreja saia para anunciar o Evento a todos, em todos os lugares e, em todas as ocasiões, sem demora, sem repugnâncias e sem medo. A alegria é para todo povo. Ninguém pode ficar excluído” (EG 23).

Incentivados pelo pedido do Papa Francisco aos jovens “Por isso, eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens. Sede os apóstolos dos jovens, e conhecerás a nova civilização do amor” a Pastoral da Juventude (PJ) da Paróquia São Sebastião realizou no dia 07 de maio sua primeira Missão Jovem Paroquial. A missão aconteceu no bairro Liberdade II em Parauapebas. O grupo de missionários foi formado por jovens dos grupos de base da paróquia e teve a participação da Irmã Ana Maria, que acompanhou os jovens durante toda a missão.

Antes da missão, os jovens encontraram-se na Comunidade São Pedro e participaram de um momento de oração e instruções para a missão. Para alguns, era a primeira vez que vivenciariam uma experiência como essa. Distribuídos por grupos, os (as) jovens realizaram visitas às famílias durante a manhã e à tarde e à noite aconteceu a Celebração da Palavra, na própria comunidade, onde participaram os jovens missionários e as famílias visitadas durante o dia.


Veja o vídeo que preparamos sobre a missão

quinta-feira, 4 de maio de 2017

Nota da CNBB: O GRAVE MOMENTO NACIONAL

O episcopado brasileiro, reunido em Assembleia Geral, em Aparecida (SP), emitiu na tarde desta quinta-feira, dia 04, Nota Oficial sobre o momento que o Brasil atravessa nos últimos tempos. Na véspera do encerramento do encontro anual dos bispos, a presidência da CNBB fez um balanço dos trabalhos e leu a Nota para os jornalistas.

O Brasil é “um País perplexo diante de agentes públicos e privados que ignoram a ética e abrem mão dos princípios morais, base indispensável de uma nação que se queira justa e fraterna”, afirmam os bispos. E advertem: “Urge retomar o caminho da ética como condição indispensável para que o Brasil reconstrua seu tecido social. Só assim a sociedade terá condições de lutar contra seus males mais evidentes: violência contra a pessoa e a vida, contra a família, tráfico de drogas e outros negócios ilícitos, excessos no uso da força policial, corrupção, sonegação fiscal, malversação dos bens públicos, abuso do poder econômico e político, poder discricionário dos meios de comunicação social, crimes ambientais”.

Leia a Nota na íntegra:

O GRAVE MOMENTO NACIONAL

“Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6,33)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil–CNBB, por ocasião de sua 55ª Assembleia Geral, reunida em Aparecida-SP, de 26 de abril a 5 de maio de 2017, sente-se no dever de, mais uma vez, apresentar à sociedade brasileira suas reflexões e apreensões diante da delicada conjuntura política, econômica e social pela qual vem passando o Brasil. Não compete à Igreja apresentar soluções técnicas para os graves problemas vividos pelo País, mas oferecer ao povo brasileiro a luz do Evangelho para a edificação de “uma sociedade à medida do homem, da sua dignidade, da sua vocação” (Bento XVI – Caritas in Veritate, 9).

O que está acontecendo com o Brasil? Um País perplexo diante de agentes públicos e privados que ignoram a ética e abrem mão dos princípios morais, base indispensável de uma nação que se queira justa e fraterna. O desprezo da ética leva a uma relação promíscua entre interesses públicos e privados, razão primeira dos escândalos da corrupção. Urge, portanto, retomar o caminho da ética como condição indispensável para que o Brasil reconstrua seu tecido social. Só assim a sociedade terá condições de lutar contra seus males mais evidentes: violência contra a pessoa e a vida, contra a família, tráfico de drogas e outros negócios ilícitos, excessos no uso da força policial, corrupção, sonegação fiscal, malversação dos bens públicos, abuso do poder econômico e político, poder discricionário dos meios de comunicação social, crimes ambientais (cf. Documentos da CNBB 50– Ética, Pessoa e Sociedade – n. 130)

O Estado democrático de direito, reconquistado com intensa participação popular após o regime de exceção, corre riscos na medida em que crescem o descrédito e o desencanto com a política e com os Poderes da República cuja prática tem demonstrado enorme distanciamento das aspirações de grande parte da população. É preciso construir uma democracia verdadeiramente participativa. Dessa forma se poderá superar o fisiologismo político que leva a barganhas sem escrúpulos, com graves consequências para o bem do povo brasileiro.

É sempre mais necessária uma profunda reforma do sistema político brasileiro. Com o exercício desfigurado e desacreditado da política, vem a tentação de ignorar os políticos e os governantes, permitindo-lhes decidir os destinos do Brasil a seu bel prazer. Desconsiderar os partidos e desinteressar-se da política favorece a ascensão de “salvadores da pátria” e o surgimento de regimes autocráticos. Aos políticos não é lícito exercer a política de outra forma que não seja para a construção do bem comum. Daí, a necessidade de se abandonar a velha prática do “toma lá, dá cá” como moeda de troca para atender a interesses privados em prejuízo dos interesses públicos.

Intimamente unida à política, a economia globalizada tem sido um verdadeiro suplício para a maioria da população brasileira, uma vez que dá primazia ao mercado, em detrimento da pessoa humana e ao capital em detrimento do trabalho, quando deveria ser o contrário. Essa economia mata e revela que a raiz da crise é antropológica, por negar a primazia do ser humano sobre o capital (cf. Evangelii Gaudium, 53-57). Em nome da retomada do desenvolvimento, não é justo submeter o Estado ao mercado. Quando é o mercado que governa, o Estado torna-se fraco e acaba submetido a uma perversa lógica financista. Recorde-se, com o Papa Francisco, que “o dinheiro é para servir e não para governar” (Evangelii Gaudium 58).

O desenvolvimento social, critério de legitimação de políticas econômicas, requer políticas públicas que atendam à população, especialmente a que se encontra em situação vulnerável. A insuficiência dessas políticas está entre as causas da exclusão e da violência, que atingem milhões de brasileiros. São catalisadores de violência: a impunidade; os crescentes conflitos na cidade e no campo; o desemprego; a desigualdade social; a desconstrução dos direitos de comunidades tradicionais; a falta de reconhecimento e demarcação dos territórios indígenas e quilombolas; a degradação ambiental; a criminalização de movimentos sociais e populares; a situação deplorável do sistema carcerário. É preocupante, também, a falta de perspectivas de futuro para os jovens. Igualmente desafiador é o crime organizado, presente em diversos âmbitos da sociedade.

Nas cidades, atos de violência espalham terror, vitimam as pessoas e causam danos ao patrimônio público e privado. Ocorridos recentemente, o massacre de trabalhadores rurais no município de Colniza, no Mato Grosso, e o ataque ao povo indígena Gamela, em Viana, no Maranhão, são barbáries que vitimaram os mais pobres. Essas ocorrências exigem imediatas providências das autoridades competentes na apuração e punição dos responsáveis.

No esforço de superação do grave momento atual, são necessárias reformas, que se legitimam quando obedecem à lógica do diálogo com toda a sociedade, com vistas ao bem comum. Do Judiciário, a quem compete garantir o direito e a justiça para todos, espera-se atuação independente e autônoma, no estrito cumprimento da lei. Da Mídia espera-se que seja livre, plural e independente, para que se coloque a serviço da verdade.

Não há futuro para uma sociedade na qual se dissolve a verdadeira fraternidade. Por isso, urge a construção de um projeto viável de nação justa, solidária e fraterna. “É necessário procurar uma saída para a sufocante disputa entre a tese neoliberal e a neoestatista (…). A mera atualização de velhas categorias de pensamentos, ou o recurso a sofisticadas técnicas de decisões coletivas, não é suficiente. É necessário buscar caminhos novos inspirados na mensagem de Cristo” (Papa Francisco – Sessão Plenária da Pontifícia Academia das Ciências Sociais – 24 de abril de 2017).

O povo brasileiro tem coragem, fé e esperança. Está em suas mãos defender a dignidade e a liberdade, promover uma cultura de paz para todos, lutar pela justiça e pela causa dos oprimidos e fazer do Brasil uma nação respeitada.
A CNBB está sempre à disposição para colaborar na busca de soluções para o grave momento que vivemos e conclama os católicos e as pessoas de boa vontade a participarem, consciente e ativamente, na construção do Brasil que queremos.

No Ano Nacional Mariano, confiamos o povo brasileiro, com suas angústias, anseios e esperanças, ao coração de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil. Deus nos abençoe!

Aparecida – SP, 3 de maio de 2017.

Cardeal Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
Arcebispo de São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB
terça-feira, 2 de maio de 2017

Missão Jovem Paróquia São Sebastião


Incentivados pelo pedido do Papa Francisco aos jovens “Por isso, eu vos envio para a grande missão de evangelizar os jovens. Sede os apóstolos dos jovens, e conhecerás a nova civilização do amor” a Pastoral da Juventude da Paróquia São Sebastião, estará realizando sua primeira Missão Jovem. A missão ocorrerá no dia 07 de maio, no bairro Liberdade II, com início às 08:00hs na Pastoral da Criança.

Segundo Filipe Bila, a ideia partiu da coordenadora do grupo FJC (Força Jovem Cristã) Helyana Vieira, a mesma pretendia fazer uma missão no bairro Liberdade, então ela o procurou para que juntamente com o grupo JUVEC (Jovens Unidos Vivendo em Cristo) pudesse realizar esta missão. “Então sugeri que fizéssemos essa missão no Bairro Liberdade II na comunidade São Pedro” explica Felipe.

“Marizete Vieira coordenadora da comunidade já havia me procurado pedindo ajuda pra formar um grupo de jovens em sua comunidade. Então foi aí que pensamos em ampliar a missão e fazer em nível paroquial. Nossa expectativa são as melhores, contaremos com cerca de 40 jovens e esperamos que essa missão seja a primeira de muitas”. Felipe

Toda a juventude é convidada a participa desse momento de evangelização. 

Pastoral da Juventude realizada 4ª etapa da Escola de Formação

Foi realizada entre os dias 29 e 30 de abril a quarta etapa da Escola de Formação da Pastoral da Juventude, no ano de 2017. O encontro foi realizado na Comunidade São Benedito, Paróquia Cristo Rei, em Parauapebas. No sábado à tarde, foi o momento de acolhida dos jovens participantes. Em seguida foi feita a Mística, com a celebração do Oficio Divino da Juventude, iluminados pelo Evangelho de Mateus 5,13-16.

Em seguida foi abordada a temática Conceitos e Objetivos de Técnicas de Dinâmicas, com a assessor paroquial, Cicero Silva e logo após, foi o momento de conhecer mais sobre o Processo de Construção de Grupo de Base, com o assessor paroquial Ary Dias. Nestes dois momentos do sábado, se demonstrou importância de conhecer as técnicas de dinâmicas a serem trabalhadas em nossos grupos de base, além de conhecer como funciona o processo de construção de um grupo de base.

No domingo teve como assunto abordado o Coordenação e Assessoria, que foi facilitado pelos assessores paroquiais Josias Melo e Ary Dias. Os mesmos conversaram com jovens sobre os perfis dos coordenadores e juntos identificaram qual seria o perfil ideal de um coordenador da PJ, além de conversarem também sobre a importância da coordenação e da assessoria na Pastoral da Juventude. No final do encontro foi feita uma dinâmica e logo após, foram realizados os agradecimentos e a Oração de Envio.

Coordenadoria Municipal da Juventude realiza I Encontro da Juventude Cristã

Na manhã do último sábado (29/04) a Prefeitura de Parauapebas, por meio da Coordenadoria Municipal da Juventude (CMJ) realizou o primeiro Encontro da Juventude Cristã, que contou com a participação da Juventude da igreja Católica e também igrejas Evangélicas.

Segundo Rafael Ribeiro, coordenador da CMJ a ideia de reunir a juventude cristã veio logo após assumir coordenadoria, ele conta que o primeiro passo seria ouvir a Juventude. Esse trabalho de diálogo com os jovens já vem acontecido também com a Juventude do Campo, Juventude Cultural, Juventude Universitária e agora com a Juventude Cristã.

“Esse diálogo com os Jovens é de suma importância, pois é o momento que os mesmos têm de expressar suas realidades e necessidades”, explica Rafael Ribeiro. Após o debate, o coordenador ver a necessidade de tornar realidade o Centro de Referência da Juventude (CRJ), o mesmo deve contribuir com várias demandas apresentadas durante o encontro. A equipe da CMJ vem trabalhando fortemente para que esse centro se torne realidade e conta com a parceria da Pastoral da Juventude (PJ).

“O debate foi muito produtivo e alcançou minhas expectativas, pois foi um momento onde pude ver as necessidades da juventude cristã”. Afirma o coordenador.

Para a jovem Ana Paula, coordenadora Paroquial da PJ esse encontro foi de suma importância para nossa pastoral, é uma grande oportunidade de selar uma união entre os órgãos governamentais. Há anos que a PJ atua na nossa cidade e nunca tivemos a oportunidade de debater diretamente políticas públicas para a juventude. Sabemos que nem tudo será realizado, mas esperamos que de alguma forma que algo bom virá para a nossa juventude, não só para a PJ, mas para a juventude de forma geral independente de credo ou religião.

O Centro de Referência da Juventude foi uma ideia que surgiu dentro da nossa pastoral na qual foi passada junto a CMJ para a realização desse trabalho. Ana Paula conta que a PJ é uma pastoral que convive com a juventude e vive todos os dias a realidade dos jovens da nossa cidade. “Para nós é um trabalho muito gratificante trazer para a realidade esse centro em prol da juventude, pois nosso trabalho é lutar por uma civilização melhor e o centro será um espaço para acolher nossa juventude por meio da cultura, esporte e educação”.

Filipe Bila
segunda-feira, 1 de maio de 2017

lll Torneio do Grupo JUCAP

O grupo JUCAP (Jovens Unidos Capazes de Amar ao Próximo) da Comunidade São Judas Tadeu - Paróquia São Sebastião tem a honra de convidá-los para participar do lll TGJ ( Torneio do Grupo Jucap) que será realizado dia 14 de maio as 08:00 horas no Ginásio Poliesportivo. No evento estarão times das escolas do nosso complexo e Grupos de base da Pastoral da Juventude.

Contamos com sua Participação

Os Interessados em participar entrar em contato nos números :
(94)981393406 / 981442362 / 991371795

Organização:Grupo Jucap

Bispos do Brasil enviam mensagem aos trabalhadores e trabalhadoras

Foi divulgada na tarde desta quinta, 27 de abril, segundo dia da 55º Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), uma mensagem do episcopado ‘Aos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil’, por ocasião do dia 1º de maio. A nota, que foi aprovada unanimemente por todos os bispos presentes na assembleia, trata do momento político pelo qual passa o Brasil e envia uma mensagem de ânimo e esperança aos trabalhadores brasileiros, em especial aqueles que na atual conjuntura vive o desemprego, e encoraja o povo à organização democrática e movimentações pacífica em defesa dos direitos dos trabalhistas.

Confira a nota na íntegra:

AOS TRABALHADORES E TRABALHADORAS DO BRASIL MENSAGEM DA CNBB

“Meu Pai trabalha sempre, portanto também eu trabalho” (Jo 5,17)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB, reunida, no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida – SP, em sua 55ª Assembleia Geral Ordinária, se une aos trabalhadores e às trabalhadoras, da cidade e do campo, por ocasião do dia 1º de maio. Brota do nosso coração de pastores um grito de solidariedade em defesa de seus direitos, particularmente dos 13 milhões de desempregados.

O trabalho é fundamental para a dignidade da pessoa, constitui uma dimensão da existência humana sobre a terra. Pelo trabalho, a pessoa participa da obra da criação, contribui para a construção de uma sociedade justa, tornando-se, assim, semelhante a Deus que trabalha sempre. O trabalhador não é mercadoria, por isso, não pode ser coisificado. Ele é sujeito e tem direito à justa remuneração, que não se mede apenas pelo custo da força de trabalho, mas também pelo direito à qualidade de vida digna.

Ao longo da nossa história, as lutas dos trabalhadores e trabalhadoras pela conquista de direitos contribuíram para a construção de uma nação com ideais republicanos e democráticos. O dia do trabalhador e da trabalhadora é celebrado, neste ano de 2017, em meio a um ataque sistemático e ostensivo aos direitos conquistados, precarizando as condições de vida, enfraquecendo o Estado e absolutizando o Mercado. Diante disso, dizemos não ao “conceito economicista da sociedade, que procura o lucro egoísta, fora dos parâmetros da justiça social” (Papa Francisco, Audiência Geral, 1º. de maio de 2013).

Nessa lógica perversa do mercado, os Poderes Executivo e Legislativo reduzem o dever do Estado de mediar a relação entre capital e trabalho, e de garantir a proteção social. Exemplos disso são os Projetos de Lei 4302/98 (Lei das Terceirizações) e 6787/16 (Reforma Trabalhista), bem como a Proposta de Emenda à Constituição 287/16 (Reforma da Previdência). É inaceitável que decisões de tamanha incidência na vida das pessoas e que retiram direitos já conquistados, sejam aprovadas no Congresso Nacional, sem um amplo diálogo com a sociedade.

Irmãos e irmãs, trabalhadores e trabalhadoras, diante da precarização, flexibilização das leis do trabalho e demais perdas oriundas das “reformas”, nossa palavra é de esperança e de fé: nenhum trabalhador sem direitos! Juntamente com a Terra e o Teto, o Trabalho é um direito sagrado, pelo qual vale a pena lutar (Cf. Papa Francisco, Discurso aos Movimentos Populares, 9 de julho de 2015).

Encorajamos a organização democrática e mobilizações pacíficas, em defesa da dignidade e dos direitos de todos os trabalhadores e trabalhadoras, com especial atenção aos mais pobres.

Por intercessão de São José Operário, invocamos a benção de Deus para cada trabalhador e trabalhadora e suas famílias.

Aparecida, 27 de abril de 2017.

Dom Sergio da Rocha
Arcebispo de Brasília
Presidente da CNBB

Dom Murilo Sebastião Ramos Krieger, SCJ
Arcebispo São Salvador da Bahia
Vice-Presidente da CNBB

Dom Leonardo Ulrich Steiner
Bispo Auxiliar de Brasília
Secretário-Geral da CNBB