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quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

A terra é nossa casa comum; a obrigação de não sujá-la, também

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“Para o direito brotar como fonte e a justiça como riacho que não seca, como Amós inspira a Campanha da Fraternidade deste ano, ao saneamento básico de respeito à terra, à agua, à flora e à fauna, à toda a natureza e seu meio-ambiente, enfim, um outro saneamento, esse ético-político, talvez se constitua até em condição prévia”, escreve Jacques Távora Alfonsin, procurador aposentado do estado do Rio Grande do Sul e membro da ONG ACesso, Cidadania e Direitos Humanos.

Eis o artigo.

O saneamento básico é daquelas condições de vida digna por si só comprobatório da indivisibilidade e da interdependência dos direitos humanos sociais, especialmente o da saúde e o da moradia. Condição de vida e bem-estar de qualquer ser humano, a universalidade da sua extensão e reconhecimento garantido a toda a terra e a toda a gente não pode sofrer limitação ditada, por exemplo, pelo grau do poder econômico de quem quer que seja.

A oportunidade dessa lembrança foi valorizada em nota do jornal Estado de São Paulo, deste 15 de fevereiro. Sob o título “A urgência do saneamento”, ele chama a atenção para a iniciativa da CNBB em “lembrar, na sua Campanha da Fraternidade deste ano, que não é possível alcançar a almejada justiça social se o país não resolver urgentemente suas graves deficiências na área de saneamento básico. A mensagem, transmitida pelo papa Francisco, é que "o acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é condição necessária para a superação da injustiça social e para a erradicação da fome".

Objetivos dessa dimensão impõem ser debatidos e estudados, com propostas de solução também independentes de posicionamentos ideológicos, classes sociais, religiões, conveniências de mercado ou de outra natureza qualquer.

Por isso mesmo, a Campanha da Fraternidade deste ano não é de iniciativa exclusiva da CNBB, como o jornal parece ter esquecido. Ela é ecumênica, conta com a adesão expressa de cinco Igrejas integrantes do CONIC (Conselho Nacional das Igrejas Cristãs) e o próprio tema escolhido “Casa Comum, nossa responsabilidade” (edições CNBB, CONIC, Brasilia, 2015), ter-se abrigado sob lema retirado do profeta Amós (5,24), de leitura e respeito também comuns para elas: 

“Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça como riacho que não seca”.

Parte da análise do texto base da Campanha sobre a situação do direito ao saneamento básico no Brasil, é dedicada a dados estatísticos de quanto a nossa realidade carece desse serviço público e de como o nosso costumeiro atraso em implantá-lo, para só agir depois de catástrofes, compromete a saúde da população, gera doenças e morte. Assim como acontece com outros direitos, moradia e alimentação, por exemplo, também o saneamento básico reflete os efeitos dramáticos da nossa desigualdade social: 

“Basta uma volta pelas cidades para constatar a diferenciação entre os bairros, tanto no que diz respeito às caraterísticas urbanísticas, à infraestrutura, á conservação dos espaços e aos equipamentos e serviços públicos, quanto ao perfil da população. Os mais pobres são justamente os que gastam proporcionalmente mais com o transporte diário, têm mais problemas de saúde por conta da falta de saneamento e são penalizados com escolas de baixa qualidade. Dos domicílios em bairros precários, 76% têm problemas de qualidade de construção e dos serviços básicos, como saneamento e iluminação. Os indicadores que refletem mais explicitamente as desigualdades nas condições de vida são os relacionados ao saneamento básico. O problema do empobrecimento não é exclusivo das cidades. Também no meio rural existem locais com péssimas condições de moradia. Muitos moradores não têm documento de identidade, 16% são analfabetos e 83% têm escolaridade limitada ao Ensino Fundamental ou Médio.” (p.21).

Como a história não cansa de repetir, os efeitos dessa ausência de prestação de serviço devida como direito de todas/os, acabam vitimando as pessoas mais fracas, pobres e indefesas, exatamente as indicadas na Constituição Federal e na maioria das leis, como as merecedoras da maior atenção e respeito: 

“As crianças são as mais atingidas pela falta de saneamento básico. Substâncias tóxicas e bactérias provocam alergias respiratórias, nasais, intestinais e de pele, que vão permanecer com essa criança por muito tempo. As crianças mais afetadas são aquelas que têm entre 0 e 5 anos. A universalização do acesso à coleta de esgoto e água tratada teria uma redução de 6,8% no atraso escolar dos alunos que vivem em regiões sem saneamento, segundo o estudo do ITB e do CEBDS (Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável). A diferença de aproveitamento escolar entre crianças que têm e que não têm acesso ao saneamento básico pode chegar a 18%. FGV (Fundação Getúlio Vargas)” (p.33). 

Para o direito brotar como fonte e a justiça como riacho que não seca, como Amós inspira a Campanha da Fraternidade deste ano, ao saneamento básico de respeito à terra, à agua, à flora e à fauna, à toda a natureza e seu meio-ambiente, enfim, um outro saneamento, esse ético-político, talvez se constitua até em condição prévia. 

Para nascer pura, a fonte do direito não pode brotar da terra, poluída pela imposição de um bem como esse ser reduzido a mercadoria, e para a justiça fazer-se valer como riacho que não seca, nenhum dique de dinheiro pode desviar o seu curso para chegar a quantas/os estão sedentos dela.

Fonte: CONIC com informações do IHU Unisinos
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Livro Espiritualidade da Libertação Juvenil

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SBARDELOTTI, Emerson. Espiritualidade da Libertação Juvenil. São Leopoldo: CEBI, 2015. ISBN: 978-85-7733-234-2.

O livro é prefaciado pelo monge Marcelo Barros e apresentado pela teóloga Rosemary Costa. Tem seis capítulos: 1. Espiritualidade e Juventude!; 2. Espiritualidade: um caminho de transformação!; 3. Juventude: um processo de educação na fé!; 4. Espiritualidade da Libertação, o que é?; 5. Espiritualidade Juvenil, o que é?; 6. Caminhos de uma Ecoespiritualidade à serviço da vida: um novo paradigma! O autor apresenta ainda um resumo dos seis capítulos em Retomando o Caminho. Apresenta as referências bibliográficas que utilizou para compor a obra.

Marcelo Barros diz em seu prefácio que o livro é uma aventura bela, mas exigente. É narrada de tal modo que o/a leitor/a se sentirá parte da história, através de uma reflexão que resgata vários textos sobre a Teologia da Libertação e sobre a Espiritualidade da Libertação. O autor convida a aprofundar uma Espiritualidade Libertadora, a partir da realidade e da sensibilidade da juventude atual.

Como toda boa reflexão teológica latino-americana, esse livro parte da prática. O autor entrevistou vários jovens sobre o assunto. Começou a escrever o livro no Congresso Continental de Teologia, de 2012, na Unisinos, em São Leopoldo-RS e o terminou no I Encontro Nacional de Juventudes e Espiritualidade Libertadora, de 2014, em Fortaleza-CE. O livro convida a viver o engajamento libertador no seguimento atualizado de Jesus, não importando de qual Igreja ou Religião seja o/a leitor/a, se descobrirá como viver o aprendizado de uma amorosidade universal.

Rosemary Costa convida em sua apresentação a saborear e a partilhar o livro. O Espírito, que sopra onde quer, se manifesta no novo, na novidade, no broto, fazendo novas todas as coisas. Essa é a chave para a Espiritualidade Libertadora, é a chave para a reflexão que convoca dia a dia, ao mais próximo, ao mais profundo de si mesmo, ao olhar atento e presente a cada ser, a cada realidade, à presença de Deus provocadora e sedutora.

No primeiro capítulo, Espiritualidade e Juventude!, o autor se apresenta e conta um pouco de sua história pessoal, profissional e pastoral. Teólogos e teólogas da libertação que influenciaram em sua caminhada na Pastoral da Juventude e nas Comunidades Eclesiais de Base. Diz que começou a escrever o livro num contexto não favorável à Teologia da Libertação e que terminou o mesmo na revolução iniciada pelo pontificado de Francisco.

No segundo capítulo, Espiritualidade: um caminho de transformação!, se afirma que a espiritualidade é beber do próprio poço, e que se ela não está inserida na caminhada de libertação do povo e ao mesmo tempo fincada na tradição bíblica e eclesial, nada será, não terá nenhuma importância. Neste capítulo apresenta a Fábula do Ser Humano. Explica os significados de mística e espiritualidade. Apresenta uma canção de sua autoria, em parceria com um cantador paulista, Lula Barbosa: Vou fazer uma oração, que tem o refrão “no chão da vida nasce o povo de Deus, no Deus da vida nasce o povo dos céus!”.

No terceiro capítulo, Juventude: um processo de educação na fé!, Emerson Sbardelotti diz que no processo de educação na fé, a juventude parte sempre da realidade em que vive, em que está inserida, na qual há uma sensibilização e testemunho em atividades de massa. Pedagogicamente é quando acontecem as etapas da formação de um grupo de jovens da base: a convocação, a nucleação, a iniciação e a militância.

No quarto capítulo, Espiritualidade da Libertação, o que é?, se apresenta a Espiritualidade da Libertação enquanto viés da espiritualidade de Jesus de Nazaré que fez a opção radical pelos pobres, solidarizando-se com eles, amando-os em profundidade, portanto, libertando-os das prisões (religiosas, sociais, econômicas e políticas) que não os deixavam ser seres humanos. A Espiritualidade da Libertação é útil, oportuna e necessária!

No quinto capítulo, Espiritualidade Juvenil, o que é?, o autor apresenta o depoimento de vários/as jovens durante o papado de Bento XVI e no início do papado de Francisco, para que respondessem a pergunta que dá título ao capítulo. As respostas são variadas e refletem o cenário vivido em ambos os papados. E afirma que a Espiritualidade Juvenil é uma realidade em desenvolvimento e em construção, que brota das entranhas do Povo Santo de Deus.

No sexto capítulo, Caminhos de uma Ecoespiritualidade à serviço da vida: um novo paradigma!, Emerson Sbardelotti diz que a espiritualidade passou e ainda passa por uma grande crise: a ecológica. A ecoespiritualidade pode ser teológica ou não, porém exige de nós uma ética e uma verdadeira conversão, pois mexe com nossos desejos consumistas e modifica nossos valores. O capítulo encerra-se com a oração do Credo da Ecologia Total de D. Pedro Casaldáliga.

Conclui-se que todos/as nós carregamos nas costas uma pergunta fundamental: qual é o sentido na nossa existência? Ela ganha um contorno novo quando uma crise se abate sobre a sociedade, sobre a Igreja, sobre a família, sobre a humanidade. Numa situação de crise o sagrado retorna com força, pois, na medida em que o cotidiano e a história não trazem as respostas que queremos ouvir, começa-se a apelar para o sobrenatural. A Espiritualidade da Libertação Juvenil de Emerson Sbardelotti está aí para fazermos fincar ainda mais os pés no chão.


Fonte: Observatório da Evangelização
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terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

DIVULGADA NOVAS DATAS DAS PRÉ-CONFERÊNCIAS DE JUVENTUDE

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A Comissão Organizadora Oficial da III Conferência Municipal da Juventude divulgou a reorganização da programação das Pré-Conferências Municipais da Juventude, que será de acordo com o quadro abaixo:
III Conferência Municipal da Juventude será realizada nos dias 08 e 09 de abril de 2016.
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segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Deus Não Está Morto 2 já tem data de estreia no Brasil

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Após o sucesso do filme Deus Não Está Morto com mais de sete milhões de espectadores pelo mundo, sendo mais de 290 mil pessoas apenas no Brasil, segundo o BoxOfficeMojo, a distribuidora California Filmes em parceria com a 360WayUp anunciam a inserção da sequência, sob o título Deus Não Está Morto 2, nas telonas do Brasil a partir do dia 7 de abril.

O filme conta a história de uma professora cristã que tem sua fé colocada à prova em tribunal. Após citar aos seus alunos um exemplo da fé cristã, ela poderá perder seu emprego por falar de Cristo durante a aula.

Nessa trajetória a professora Grace (Melissa Joan Hart) deverá decidir entre negar sua fé ou ir a júri para lutar seu direito à liberdade religiosa.

O longa da produtora Pure Flix apresenta no elenco nomes, como: Melissa Joan Hart (Sabrina – Aprendiz de feiticeira), Jesse Metcalfe (Dallas), Hayley Orrantia (Os Goldbergs), Ernie Hudson (Os Caça-Fantasmas), Sadie Robertson (Os Reis dos Patos), Fred Dalton Thompson (Lei & Ordem), Maria Canals-Barrera (Os Feiticeiros de Waverly Place) e Ray Wise (RoboCop e Star Trek).

Dirigido por Harold Cronk, será possível reencontrar nessa nova produção alguns personagens que fizeram sucesso na história do primeiro filme Deus Não Está Morto.

Confira o trailer:

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sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

MARABÁ E PARAUAPEBAS: Serviços de água e esgoto estão entre os piores do Brasil

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Foto: Portal Pebinha de Açúcar
Parauapebas é um dos municípios do Pará que mais perdem água na rede de distribuição. De cada 100 litros que passam pelos canos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep) rumo às casas, 64 não chegam ao consumidor. Em Marabá, de cada 100 litros de água fornecidos pela Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa), 44 se perdem no caminho.

Os dados foram divulgados ontem, terça-feira (16), pelo Ministério das Cidades em seu “Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos”, referente ao ano de 2014. Esses mesmos dados constam do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e são fornecidos pelas empresas que prestam os serviços, sendo de responsabilidade destas as estatísticas como tais.

A Cosanpa, que atua em Marabá, é uma sociedade de economia mista controlada pelo Governo do Estado do Pará que presta serviço de abrangência estadual, enquanto o Saaep é uma autarquia que presta serviço localmente e está sob a batuta da Prefeitura Municipal de Parauapebas.

CALAMIDADE

O mais grave nem é, na prática, quanto se perde em água na distribuição. Esse é mero detalhe. Em Parauapebas, na área urbana, que tinha 165 mil habitantes em 2014, um batalhão de 30 mil moradores não era atendido com água encanada. Proporcionalmente, de cada dez residentes urbanos, dois não recebem água do Saaep. É um dos percentuais de fornecimento mais baixos do Estado entre os prestadores de serviços locais, uma vez que a maioria absoluta dos municípios nessa categoria atinge fornecimento de água encanada na ordem de 90% e alguns, como Rurópolis, já universalizaram o serviço.

Na cidade de Marabá, que tinha 205 mil habitantes em 2014, a situação é mais grave. Lá, apenas 40% dos moradores eram atendidos com água encanada, o que faz com que os demais se virem nos trinta para cavar poços individuais. Vale ressaltar, contudo, que os reflexos das obras de ampliação do sistema de saneamento de Marabá não surtem efeito no diagnóstico em 2014, tanto assim que a Cosanpa sequer informou ao Ministério das Cidades a situação da rede de esgotamento sanitário da cidade.

No quesito esgoto, aliás, Parauapebas passa um dos maiores vexames entre os municípios com mais de 150 mil habitantes do Brasil. É que apenas 18.800 iluminados, informados pelo Saaep, dispõe desse tipo de serviço na sede municipal. Logo, a realidade dos números aponta que mais de 145 mil moradores vivem em meio a esgoto correndo a céu aberto, não importa a condição social. É uma situação de imundície pior que a registrada em muitos municípios no início do século passado. Só para se ter ideia, em 1900, exatos 116 anos atrás, as cidades de Rio de Janeiro (811 mil habitantes), São Paulo (240 mil), Salvador (206 mil), Recife (113 mil) e Belém (97 mil), as maiores do Brasil à época, já tinham rede de esgoto maior que a de Parauapebas atualmente.

CONSUMO

Se hoje, em pleno século 21, a água é motivo de guerra em vários países e até mesmo no Brasil é motivo de morte – de pessoas, de animais, de plantações –, em Parauapebas e Marabá a gastança “per capita” do líquido precioso é uma farra.

Na “Capital do Minério”, cada morador gasta por dia 156 litros, muitos mais do que o uso recomendado pela Organização das Nações Unidas (ONU), de 110 litros diários por pessoa. E olhe que nem todo mundo tem acesso direto à agua da empresa distribuidora.
O morador da “Rainha do Tocantins” vai ainda mais longe: em Marabá, são gastos 166 litros por dia, isso sem também computar o consumo de quem se vale de poço doméstico.

Tudo isso se mostra um verdadeiro contrassenso que depõe contra a moral e os bons costumes dos serviços de saneamento básico que deveriam ser prestados, a contento, pelas administrações públicas, mas que no frigir dos ovos tornaram-se gargalos irresolutos que revivem o atraso de décadas e abrem as portas para problemas de saúde pública que infernizam a população há séculos.

Os problemas de saneamento em ambos os municípios não nasceram hoje e o pior de tudo isso é que não há perspectivas de melhorias, e estas, quando anunciadas, só ocorrem em passos lentos.

Fonte: Portal Pebinha de Açúcar
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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

2º Pré Conferência Municipal de Juventude

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Hoje, dia 18 de fevereiro (quinta-feira), acontecerá a 2º Pré Conferência Municipal de Juventude, que acontecerá no complexo Altamira (Altamira, Betânia, Novo Horizonte, Casas Populares I e II, Tropical e Ipiranga), nas imediações da Escola Eunice Moreira, no Bairro Vila Rica às 19h00min.

Na ocasião serão eleitos os delegados para participarem da conferência final, na qual serão debatidos diversos temas de interesses dos jovens e também serão eleitos os novos conselheiros de juventude.

O Art 21º nos diz que o conselho municipal de juventude realizará com o Poder Executivo a cada dois anos, a Conferência Municipal da Juventude, com representação dos diversos setores da sociedade, com a finalidade de avaliar a situação da população jovem do Município, propor diretrizes para formulação de políticas públicas voltadas para este segmento.

O conselho municipal de juventude é órgão de representação da população jovem, vinculado ao Gabinete do Prefeito de caráter autônomo, permanente, consultivo, deliberativo e fiscalizador da Política Municipal de atendimento aos direitos da Juventude, com mandado de dois anos, permitida uma recondução. Assim diz o art. 5º e em seu parágrafo único, temos a afirmação de que a eleição dos membros do conselho coincidirá e será em cada Conferência Municipal da Juventude.

Diz o art. 6º que o Conselho Municipal a Juventude tem por objetivos
I – Participar na elaboração e na execução de políticas públicas municipais da juventude em colaboração com os órgãos municipais;

II – Colaborar com a administração municipal na implantação de políticas públicas voltadas ao atendimento das necessidades da juventude;

 III – Propugnar (lutar em defesa) pela fiscalização e cumprimento de legislação que assegure os direitos dos jovens;

IV – Fomentar (desenvolver, incentivar) o associativismo e cooperativismo juvenil, prestando apoio e assistência, quando solicitado.

V – Estimular a participação da juventude nas organismos públicos e movimentos sociais.
Entre tantas atribuições do conselho pode-se concluir que este órgão é de extrema importância no processo de implantação das políticas públicas voltadas pra os jovens.


Texto recebido através do App WhatsApp
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

CFE 2016 alerta para necessidade de saneamento básico no Brasil

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“O acesso à água potável e ao esgotamento sanitário é condição necessária para a superação da injustiça social e para a erradicação da pobreza e da fome, para a superação dos altos índices de mortalidade infantil e de doenças evitáveis e para a sustentabilidade ambiental”. Com essa mensagem, o papa Francisco convida as pessoas a se mobilizarem, a partir de suas comunidades, para promoção da Justiça e do direito ao saneamento básico, na Campanha da Fraternidade Ecumênica 2016.

Lançada hoje (10) pelo Conselho Nacional de Igrejas Cristãs (CONIC) e pela pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), a Campanha vai alertar sobre o direito de todas as pessoas ao saneamento básico e debater políticas públicas e ações que garantam a integridade e o futuro do meio ambiente. Com o tema “Casa comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca”, a Campanha também vai tratar do desenvolvimento, da saúde integral e da qualidade de vida dos cidadãos.

O presidente do CONIC, dom Flávio Irala, disse que tratar do tema é fundamental porque nem sempre tem visibilidade nas propostas públicas e nos movimentos sociais. “Nos preocupamos com o fato de que mais da metade da população permaneçam sem acesso à rede de coleta de esgoto e que apenas 40% dos esgotos sejam tratados. Nenhuma pessoa deve ser privada do acesso aos benefícios do saneamento básico em função da sua condição socioeconômica. O acesso ao saneamento promove a inclusão social e a garantia dos principais instrumentos de proteção da qualidade dos recursos hídricos e dos inibidores de doenças, como cólera, febre amarela, chikungunya, dengue, diarreia, bem como para evitar a proliferação do vírus Zika”, disse.


Dados divulgados pelo CONIC mostram que, mesmo estando entre as maiores economias do mundo, o Brasil tem mais de 100 milhões de pessoas sem saneamento básico.

O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, também esteve na CNBB e disse que o governo federal fará sua parte para dar todo apoio à campanha. “É fundamental que possamos continuar investindo cada vez mais, para que tenhamos condições de combater epidemias, que possamos levar qualidade de vida e dignidade às pessoas”, afirmou.

Realizada no Brasil desde 1963, esta é a quarta vez que a Campanha da Fraternidade é lançada pela CNBB junto com o CONIC - as outras ocorreram em 2000, 2005 e 2010. Este ano, a campanha ecumênica conta também com o apoio da Misereor, entidade da Igreja Católica na Alemanha que trabalha na cooperação para o desenvolvimento de países da Ásia, da África e da América Latina.

Audiência com presidente Dilma

Na parte da tarde, membros da diretoria do CONIC e das igrejas envolvidas na CFE 2016 tiveram uma audiência com a presidenta Dilma Rousseff. Na ocasião, foi entregue a ela uma Declaração Ecumênica cujo teor pode ser conferido na íntegra, a seguir:

SOBRE O SANEAMENTO BÁSICO COMO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL
CASA COMUM, NOSSA RESPONSABILIDADE

“Quero ver o direito brotar como fonte e
correr a justiça qual riacho que não seca.” (Am 5.24)

O Conselho Nacional de Igrejas Cristãs do Brasil (CONIC) e a MISEREOR, organização dos bispos católicos romanos da Alemanha assumem conjuntamente a perspectiva do direito à água potável e saneamento básico, que fazem parte dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Essa parceria expressa nossa convicção de que estamos vivendo Numa Casa Comum e que temos responsabilidades conjuntas para enfrentar os grandes desafios da humanidade: fome e miséria, justiça e liberdade, direitos humanos para todas as pessoas e a luta por justiça climática. Entendemos que a nossa responsabilidade é comum e diferenciada, como foi dito na Conferência do Rio 1992.

A Campanha da Fraternidade Ecumênica está em consonância com a Encíclica Laudato Sí’: sobre o cuidado com a Casa Comum do Papa Francisco, com a Peregrinação por Justiça e Paz do Conselho Mundial de Igrejas (CMI) e com a convocação feita pela Organização das Nações Unidas (ONU), para que religiões colaborem para a promoção de mudanças de valores no que diz respeito ao meio ambiente.

O objetivo dessa Campanha da Fraternidade Ecumênica (CFE) é o de “assegurar o direito ao saneamento básico para todas as pessoas e empenharmo-nos, à luz da fé, por políticas públicas e atitudes responsáveis que garantam a integridade e o futuro de nossa Casa Comum”.

A dimensão ecumênica fortalece a compreensão de que o diálogo e a ação conjunta entre igrejas e religiões são necessários e possíveis. A IV CFE coloca-se na contramão da competição e da intolerância religiosas. É um apelo dirigido para todas as pessoas religiosas e de boa vontade para que contribuam com suas capacidades para a promoção da boa convivência, da justiça, da paz e do cuidado com a Casa Comum, nosso planeta terra. Inspiramo-nos no versículo de Am 5.24: “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca.” e

Compreendemos que:

- A água de qualidade e o saneamento básico são bens essenciais para a concretização de todos os direitos humanos, conforme resolução da ONU A/RES/64/291. Nenhuma pessoa, portanto, deve ser privada do acesso aos benefícios do saneamento básico em função de sua menor condição socioeconômica;

- O acesso ao saneamento deve ser considerado um bem de caráter público, destinado à inclusão social e garantia da qualidade de vida;

- O país só alcançará a universalização do saneamento básico por meio de redobrados investimentos públicos. Sua gestão também deve ser pública. O fornecimento de água deve ser contínuo e suficiente para os usos pessoal, doméstico, comercial e industrial.

- O saneamento básico precisa ser priorizado como uma ação de combate à miséria, buscando a preservação do meio ambiente e a manutenção da saúde pública em níveis adequados;

- O acesso ao saneamento básico é um dos principais instrumentos de proteção da qualidade dos recursos hídricos, de inibidores de doenças como diarreia, cólera, febre amarela, chikungunya dengue, zika;

- A construção de grandes obras, como hidroelétricas, não deve ser executada sem o pleno cumprimento da Convenção 169/OIT e sem um planejamento que inclua os serviços de saneamento básico;

- O desperdício de água atinge principalmente as pessoas economicamente vulneráveis. Nesse sentido, é inadmissível que, em meio à mais grave crise hídrica já vivida por nosso país, em especial no Nordeste e no Sudeste, continue-se perdendo aproximadamente 40% da água tratada e potável nos sistemas de distribuição, seja por vazamentos ou ligações clandestinas.  Fortalecer a cultura do não desperdício é um desafio;

- É necessário ouvir as mulheres no processo de implementação das políticas de saneamento básico, tendo em vista que são elas as principais usuárias e cuidadoras da água para consumo doméstico e para a agricultura de subsistência. Também são as mulheres que desempenham as tarefas de educação das crianças e cuidado com a saúde familiar;

- A coleta seletiva do lixo precisa ser ampliada, pois é importante para a destinação e tratamento adequados dos resíduos e para a reciclagem, que beneficia mais de um milhão de recicladores no país;

- É importante a valorização dos Comitês de Bacias Hidrográficas para fortalecer a coordenação entre os municípios nas ações relacionadas ao saneamento básico.

Preocupa-nos:

- O avanço lento dos serviços de saneamento básico no país, apesar dos esforços do governo federal, dos governos estaduais e municipais realizados nos últimos anos;

- Que mais da metade da população permaneça sem acesso às redes de coleta de esgotos e que apenas 40% dos esgotos coletados sejam tratados;

- A situação do saneamento na Região Norte e Nordeste. Na região Norte, menos de 10% dos habitantes tem acesso à coleta de esgoto e na região Nordeste, menos de 25%;  

- A falta de clareza sobre como avançar de forma mais efetiva nos serviços de saneamento básico nas áreas rurais, indígenas, quilombolas, áreas irregulares, semiárido brasileiro, entre outras populações excluídas;

- A falta de uma política de Educação Ambiental, coordenada pelo Ministério da Educação, voltada para as crianças em relação aos temas da água, do esgotamento sanitário, da produção, coleta e destino final dos resíduos sólidos;

- A degradação de rios, lagos, reservatórios e praias pelo lançamento indiscriminado de esgotos. Este é o caso dos rios Paraíba (SP e RJ), Tietê, Pinheiros (SP), Baía da Guanabara (RJ), Rio Ipojuca (PE), Iguaçu (PR), dos Sinos (RS), das Velhas (MG), Doce (MG e ES), São Francisco (MG, BA, PE, SE, AL), sem falar de toda a bacia amazônica;

- A existência dos chamados “rios mortos de Classe 4” na legislação brasileira. Esses rios recebem os esgotos com pouco ou nenhum tratamento;

- A construção das nove usinas hidroelétricas previstas para o rio Tapajós, no Pará sem o cumprimento da Convenção 169 da OIT. Tais obras geralmente não consideram a ampliação dos serviços de saneamento básico;

- Os recentes cortes no Orçamento Geral da União que impactam nas políticas de universalização do saneamento básico. Referimo-nos aos cortes de 3,7 bilhões no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o corte de recursos não onerosos de 50% no Ministério das Cidades e a redução de aproximadamente 70% na Fundação Nacional da Saúde (FUNASA), responsável por subsidiar as ações de saneamento básico nos municípios de pequeno porte.

Comprometemo-nos a:

- Estimular nossas igrejas, comunidades eclesiais, organismos ecumênicos a se mobilizarem em favor dos Planos Municipais de Saneamento básico;

- Incentivar o consumo responsável dos dons da natureza, em especial da água;

- Apoiar e fortalecer as mobilizações que têm como objetivo a eliminação de focos de mosquitos transmissores da dengue, da febre chikungunya e do zika;

- Incentivar o cultivo de valores espirituais que fortaleçam o cuidado com o planeta;

- Contribuir para a difusão de uma cultura de não desperdício, em especial da água e dos alimentos;

- Contribuir para que catadores e catadoras que trabalham na coleta seletiva do lixo sejam respeitados e respeitadas como cuidadores e cuidadoras especiais do meio ambiente;

- Assumir, em irmandade ecumênica, a corresponsabilidade na construção de um mundo sustentável e justo para todas as pessoas.

Brasília, 10 de fevereiro de 2016.

Fonte: CONIC com informações da EBC
Fotos: Elza Fiuza/Agência Brasil
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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Cartaz da Semana da Cidadania é lançado

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A Pastoral da Juventude (PJ), Pastoral da Juventude Estudantil (PJE), Pastoral da Juventude do Meio Popular (PJMP) e Pastoral da Juventude Rural (PJR) lançaram, no último sábado (6), o cartaz oficial que ilustrará a Semana da Cidadania de 2016 (SdC 2016), que acontece de 16 a 23 de abril e traz como tema “Juventude e Bem Comum” e o lema “Unidos por uma luta comum: terra, teto e trabalho”.

Iluminados pelo Evangelho de Mateus (5,6) “Bem aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados”, a Semana se encontra em sintonia com a temática da Campanha da Fraternidade 2016. O objetivo principal desta atividade é fazer com que a juventude reflita mais profundamente, em grupo sobre algumas ações presentes em seu cotidiano, convidando-a a se organizar em torno de projetos práticos, com reflexos na sociedade, visando a transformação social, em comunhão com a Igreja e outros organismos da sociedade civil.

A arte que ilustra o evento foi desenvolvida pelo artista paulista João Carlos Teixeira, com arte gráfica de Giovanni Giacomini. Segundo Teixeira, o grande destaque da obra são as três mãos erguidas em direção ao céu. “Cada uma representa um jovem clamando por uma demanda específica: terra, trabalho e teto. As mãos fechadas segurando as faixas representam mãos em um protesto, que erguem a bandeira da sua causa, ao mesmo tempo que, cerradas, são mãos prontas para lutar por seus objetivos”, disse.

O subsídio de estudos da SdC 2016 será lançado em breve pelas Pastorais da Juventude, sendo divulgado nos sites específicos e no Jovens Conectados.

Para conferir todas as novidades do evento, acompanhe a página no Facebook

História

A SdC é uma atividade permanente ecumênica, marcada por atividades concretas que desenvolvam o exercício da cidadania por adolescentes e jovens, envolvendo diversos segmentos da sociedade.

Desde 1995, tem seu tema definido a partir da Campanha da Fraternidade, e é promovida anualmente, em abril, pelas Pastorais de Juventude, sempre na semana que compreende os dias 14 a 21.

Fonte: Jovens Conectados
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Metodologia e juventudes: Conselhos de Jetro aos nossos grupos

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Cleber Pagliochi*

No caminhar revelamos nosso jeito de ser. Quando olhamos alguém caminhando, notamos rapidamente como esta pessoa se sente. Se está de cabeça baixa, algo o preocupa. Se está com a cabeça alta, pode ser alguém altivo, “nariz empinado” como costumamos dizer. Se caminha mancando, está machucado, … e aí segue muitos elementos que poderiam ser analisados.

Assim também acontece quando estamos em qualquer lugar, com qualquer pessoa: mostramos quem somos no jeito de fazer as coisas, de se relacionar, ou seja, “metodologizamos”. Conforme esta metodologia, que considero nosso jeito de ser, construímos o mundo que nos rodeia e os grupos que participamos. Por isso, é muito importante que reflitamos nossa metodologia, nosso caminhar. Penso em uma cena bíblica para este fim.

A cena é a do encontro de Jetro com Moisés (Ex 18, 14-24). Depois da fuga da escravidão organizada e liderada por Moisés, o povo caminha até as terras de seu sogro, Jetro. Vários dias neste local e a atitude observadora, fizeram Jetro perceber que o jeito de seu genro liderar não estava certo. Ele concentrava todo o poder, decidia tudo sozinho… Diante disto, Jetro diz: “O que é que você está fazendo com o povo? Por que está sentado sozinho, enquanto todo o povo te procura de manhã até a noite?” (Ex 18,14). Moisés responde: “É porque o povo vem a mim para consultar a Deus. Quando têm uma questão, vêm a mim. Julgo entre um e outro e lhes faço conhecer os decretos de Deus e as suas leis” (Ex18,15-16).

Esta ação de Moisés é facilmente reproduzida em nossos grupos, nas nossas ações, no nosso jeito de liderar. É fácil encontrar líderes que não conseguem guiar sem ter medo de perder o poder. Mal sabem que o poder compartilhado faz com que seja muito mais fácil de guiar. Mas o argumento não é este, a facilidade, mas sim o processo feito. Um grupo onde o coordenador lidera sozinho está fadado a morte. Esta afirmação é forte, mas é real. Quando alguém não consegue inserir outras pessoas no processo, se torna indispensável ao grupo, e quando este sai, o grupo morre. Como afirma Jetro: “certamente desfalecerás, tu e o povo que está contigo, porque a tarefa é muito pesada para ti; não poderás realizá-la sozinho” (Ex 18, 18).

Quando olhamos esta ação, notamos que os demais jovens não compreendem a caminhada, não foram iniciados, não são protagonistas, não vivem a liberdade do grupo.Consequentemente, não saberão dar continuidade a este. Para que isto não aconteça, é importante que escutemos o conselho de Jetro: “Representa o povo diante de Deus, e introduze as suas causas junto de Deus. Ensina-lhes os estatutos e as leis, faze-lhes conhecer o caminho a seguir e as obras que devem fazer” (Ex 18, 19-20). Esta parte do conselho é central ao texto. Ela sugere a necessidade de partilhar o conhecimento, partilhar o modo de ser.

É importante que todos os que caminham saibam para onde vão, amadureçam este caminhar, participem da caminhada. O bom líder é aquele que consegue partilhar daquilo que sabe. Afinal, partilhando se constrói junto um caminhar, abre espaço para as diferenças de pensar e de ser, cria ambiente para o novo ser gestado. Além disso, a abertura gera também um comprometimento, atitude fundamental para a continuidade do processo.

Jetro segue dizendo: “Mas escolhe do meio do povo homens capazes, tementes a Deus, seguros, incorruptíveis, e estabelece-os como chefes de mil, chefes de cem, chefes de cinquenta e chefes de dez. Eles julgarão o povo em todo tempo. Toda causa importante trarão a ti, mas toda causa menor eles mesmos julgarão. Assim será mais leve para ti, e eles levarão a carga contigo. Se assim fizeres, e Deus te ordenar, poderás então suportar este povo, que por sua vez tornará em paz ao seu lugar” (Ex 18, 19-23).

Esta parte final do conselho nos conduz a existência de papéis nos grupos e na Pastoral da Juventude. Cada um, ao seu modo de contribuir pode fazer algo. Uns sabem cantar, outros tocar, outros ainda se dão bem em organizar o ambiente de encontro. Estes dons precisam ser valorizados. Estas diferenças de dons, posta em serviço e coordenada, auxilia na dinamicidade e alegria do grupo.

Outro elemento importante que perpassa toda metodologia proposta por este texto bíblico é a de que somos sempre guiados por Alguém maior. Por um Plano de Deus que nos orienta, ao qual chamamos de Civilização do Amor ou de Reino de Deus. Neste sentido, quem lidera os grupos não lidera para si, para se enaltecer, para criar fama ou status. Quem lidera, assume uma grande missão, a de auxiliar no caminho da libertação, como fez Moisés.

Portanto, é importante que em nossas ações saibamos que nosso caminhar é sempre conjunto, é partilhado. Bom líder é aquele que consegue fazer com que todos participem e sentem-se parte do caminhar.

* Cleber Pagliochi é presbítero da Diocese de Chapecó/SC e militante da Pastoral da Juventude.

Fonte: Pastoral da Juventude
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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O CONGRESSO JOVEM E SUAS ORIGENS

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Congresso Jovem: Encontro, história, vida e partilha, concretizando os sonhos dos jovens.

 “Temos apenas duas mãos e os sentimentos do mundo”
Carlos Drummond de Andrade

O Congresso Jovem tem sua origem no grupo de jovens JUPAC (Jovens unidos pela paz e amor de Cristo), da comunidade São José Operário na F12, Nova Marabá – Marabá - PA, que na época, pertencia à paróquia Sagrado Coração de Jesus e que tinha como coordenador do grupo Valdecy Meirelles, hoje assessor da Pastoral da Juventude.

No início o evento não recebia o nome de Congresso. Dos anos de 1996 a 1999 recebia o nome de CARNACRISTO que era o encontro de carnaval com cristo, onde os jovens do grupo JUPAC e grupos convidados se reuniam para comemorar o Carnaval de forma diferente, com a cara da Pastoral da Juventude.

Foi a partir de 1999, na semana da pátria, que aconteceu o Minicongresso Jovem, que tinha como tema a passagem bíblica do evangelho de Lucas (4,18-19) e lema: “Temos apenas duas mãos e os sentimentos do mundo”. Frase do grande poeta Carlos Drummond de Andrade.

A metodologia utilizada para realização do Minicongresso foi a exposição de temáticas pelos jovens em estilo de feira de ciências. Participaram os jovens do grupo JUPAC e Jovens de outros 16 grupos de jovens da Nova Marabá.

Somente no ano de 2000 o evento foi elevado à categoria de congresso. Naquele ano estava-se comemorando os 500 anos da chegada dos europeus no Brasil e daí adotou-se o tema: O Brasil são outros 500.

A metodologia utilizada foi palestras de subtemas variados em relação ao tema geral. Foi feita missões nas casas para arrecadar alimentos para o evento. Na primeira noite os jovens convidados dormiram nas casas dos jovens do grupo JUPAC. Somente a partir da segunda noite é que os jovens foram para a Escola Pedro Cavalcante, local onde aconteceu o congresso.

Participaram desse congresso, jovens de 16 grupos da Nova Marabá, de Abel Figueiredo, Bom Jesus do Tocantins, Nova Ipixuna e do Bairro Novo Horizonte da Paróquia Nossa Senhora da Conceição.

Nos anos de 2001 e 2002, o Tema e o Lema do congresso foram o mesmo da Campanha da Fraternidade dos respectivos anos, utilizando a mesma metodologia do anto anterior, assim também como os grupos participantes.

No ano de 2003, o congresso foi realizado no colégio Santa Terezinha, Bairro Amapá, Paróquia Nossa Senhora da Conceição, mas coordenada pelos jovens do grupo JUPAC.

Teve-se como tema para estudo ÉTICA, que foi assessorado pelo querido Pe. Albano da paróquia São Francisco, Cidade Nova, e a missa do congresso foi celebrada pelo Pe. Ademir.

Em 2004, 2005 e 2006 o congresso voltou a ser realizado na comunidade São José Operário, FL12, obedecendo a mesma metodologia, mas com um número de participante cada vez maior.

Devido a divisão de Paróquias na Nova Marabá e o número de participantes cada vez maior, tomou-se a decisão que a partir de 2007, o congresso seria um evento a nível diocesano e assim foi.

2007-Eldorado dos Carajás; 2008-Não houve congresso, aconteceu o encontro da juventude do campo e da cidade em Marabá; 2009-Jacundá; 2010-Marabá; 2011-Canaã dos Carajás; 2012-Parauapebas; 2013-Goinésia do Pará; 2014-Marabá; 2015-São Domingos.

2016-Quem nos recebe é a terra sagrada de Curionópolis, sob a proteção da Manto Sagrado de Nossa Senhora das Dores.

Nestes 16 anos de sucesso o congresso Jovem tornou-se a maior evento de massa da Pastoral da Juventude na diocese de Marabá. Espiritualidade, encontros, estudos, caminhadas, missões, enfim o sonho dos jovens tornando-se realidades no meio da sociedade em forma de Congresso.

Foram os primeiros organizadores do Congresso: Valdecy Meirelles (Coordenador do Grupo JUPAC); Estela, Thesco, Chaguinha, Elisangela, Mauro Sérgio, Carlos Sérgio, Rubens, Antônio do Gildo e outros 30 jovens que integravam o grupo de Jovens JUPAC.

Congresso Jovem, vida e partilha no meio dos Jovens.

Memória de Valdecy Meirelles, Marabá-Pará, Janeiro 2016.
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VIDA E MEMÓRIA DO CONGRESSO JOVEM

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Lembro com detalhes do primeiro Congresso Jovem que participei, o ano foi 2006, lembro também de ouvir falar dos CJs que já tinham acontecido e se não estou enganada em 2002 dei um pulo no CJ aqui em Marabá, que até 2005 era organizado pela turma pjoteira da Paróquia Nossa Senhora de Nazaré.

Em 2006, jovens e assessores/as das paróquias Nossa Senhora de Nazaré, São Francisco (da qual participava) e Nossa Senhora da Conceição, somaram forças e sonhos e assim realizaram o CJ no Brejo do Meio, vila de Marabá. E eu, no meio de toda aquela novidade, sentindo o perfume da novidade do CJ. A oficina que assessorei foi sobre Vocação Missionária, muitas e muitas lembranças me veem agora. Lembro também que as paróquias de Itupiranga, Nova Ipixuna, Palestina e Brejo do Meio fizeram presença. Ali já era um ensaio para o CJ de 2007 que ainda não sabíamos, mas que viríamos a ousar e a realizar o primeiro CJ diocesano.

De lá pra cá, tem sido tantas as oficinas, tantas os rostos e tantas as aprendizagens.

O CJ, assim como as demais atividades da Pastoral da Juventude, não se restringe a um evento isolado, a um momento estanque, pois a PJ é de processos, sendo assim, as atividades não começam e nem terminam nelas mesmas, elas dão liga, conexão, sentido umas as outras. E o que guia é o seguimento ao projeto de Jesus Cristo.

Um dos eixos do CJ é a formação, percebida com mais evidência nas mesas de debate e nas oficinas quando é aprofundada um pouco mais a temática que rege o CJ daquele ano, porém a formação acontece em todo o congresso: a missa, os odjs, a missão, a marcha/ato público, a divisão dos trabalhos de limpeza, organização...feitos em grupo,  cada um/a lavar seu próprio prato, copo e talheres, os acordos de convivência,  enfim tudo é pedagógico. Em andanças nas paróquias de nossa diocese e em dioceses vizinhas que nos últimos CJs vêm fazendo presença, percebo sinais metodológicos do CJ. Importante dizer que é uma relação mútua: o CJ escuta os sinais dos grupos e os grupos escutam o fazer do CJ. 

O CJ é também espaço de oração e missão jovem. São esses eixos que dão sentido ao fazer no CJ. É o que alimenta e compromete a lutar pela vida plena, luta essa expressada também nas marchas pelas ruas.

O CJ é vibrante, é alegria, é partilha.

Experimentar tudo isso é ter a cada ano a oportunidade de escutar e de aprender um pouco mais sobre e com os/as jovens.

Rezo ao bom Deus que muitos e muitos CJs aconteçam, e que cada vez mais seja um espaço que evidencia a vida dos grupos de jovens através de encontro, alegria, estudo, luta, oração, missão e celebração da vida!!!!

Forte abraço! 
Loide Souza
CNAPJ


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